BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado pelo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, para participar da cúpula do G7, grupo que reúne algumas das maiores economias mundiais.

O país asiático, que sediará o encontro em Hiroshima de 19 a 21 de maio, já havia sinalizado ao governo brasileiro que convidaria o mandatário. A oficialização foi feita durante ligação entre os dois chefes do Executivo na noite de quinta-feira (6).

O G7 é formado pelos EUA, Canadá, Reino Unido, Espanha, Itália, França e Alemanha, além do próprio Japão. Além disso, o colegiado costuma convidar países em desenvolvimento para suas reuniões anuais.

O Brasil participou das cúpulas de 2004 a 2009, entre os governos Lula 1 e 2. Agora, em 2023, o país volta a receber o convite pela primeira vez desde então.

Lula embarca para a China na próxima terça-feira (11), onde ficará até a sexta-feira (14). Inicialmente, a viagem estava prevista para o começo do mês, mas teve de ser adiada após diagnóstico de pneumonia.

A ida à China é a segunda viagem internacional do presidente, fora países vizinhos. A primeira, mais rápida, foi aos Estados Unidos. No final do mês, ele irá ainda para Portugal e Espanha.

Em Pequim, Lula terá um encontro bilateral com o líder chinês, Xi Jinping, onde será posta à prova uma de suas principais ambições no cenário internacional: apresentar-se como facilitador de um diálogo pela paz na Guerra da Ucrânia, que já dura mais de um ano e tem impacto direto sobre a economia global.

O governo brasileiro já recebeu a sinalização positiva dos chineses de que Xi está disposto a tratar da situação na Ucrânia com Lula, e o brasileiro deve se reunir ainda com o premiê chinês, Li Qiang, e com o chefe do Parlamento, Zhao Leji.

Em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, na quinta-feira (6), Lula disse que "essa guerra já passou da conta" e voltou a dizer que tratará sobre a paz com Xi Jinping.

"O que [Vladimir] Putin quer? Ele não pode ficar com o território da Ucrânia. Talvez nem se discuta a Crimeia, mas, o que ele invadiu de novidade, vai ter de repensar", disse.

Lula disse ainda que começa agora a conversa de paz que deveria ter sido iniciada há um ano. Lembrou que o seu ex-chanceler e hoje assessor especial, Celso Amorim, fez viagem recente à Rússia.

À Folha Amorim diz ter ficado surpreso com a receptividade do governo de Vladimir Putin --o próprio presidente russo o recebeu, para uma conversa que durou uma hora, no Palácio do Kremlin, em Moscou.

Ele e a comitiva brasileira conversaram com o russo, por meio de tradução simultânea em inglês, na "mesa gigante" de Putin, mobiliário de cinco metros que virou meme durante a pandemia de Covid.


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