SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O descarrilamento de um trem de passageiros no leste da Índia deixou ao menos 207 mortos e 850 feridos no começo da noite desta sexta (2) ?números que aumentam a cada novo anúncio das autoridades locais.
O acidente caminha para ser um dos maiores desastres de trem dos últimos dez anos no país, pelo menos. Em 2016, um acidente em Pukhrayan, próxima à cidade de Kanpur, no norte da Índia, matou 150 pessoas e feriu outras 150.
O incidente aconteceu em Balasore, no estado indiano de Odisha. Após descarrilharem, os vagões do Superfast Express invadiram outro trilho, onde foram atingidos pelo Coromandel Express, que ia em alta velocidade na direção oposta. Um outro trem de passageiros, que estava estacionado no local, também foi atingido. O impacto da colisão descarrilhou 12 vagões do Coromandel Express e arremessou 50 passageiros pelas janelas.
No Twitter, o primeiro-ministro Narendra Modi afirmou que "toda a assistência possível" está sendo fornecida aos feridos. A presidente indiana, Draupadi Murmu, disse estar "profundamente angustiada" com o que aconteceu. "Meu coração está com as famílias enlutadas. Oro pelo sucesso das operações de resgate e pela rápida recuperação dos feridos", afirmou.
"A cifra aumenta porque há muitas pessoas feridas gravemente, com lesões na cabeça", afirmou à agência de notícias AFP Sudhanshu Sarangi, diretor geral dos bombeiros de Odisha. Diversas partidas de trem foram canceladas na região após o acidente.
Profissionais com cães farejadores procuram por sobreviventes que estão sob os destroços do trem ?calcula-se que até 200 pessoas estejam debaixo dos vagões virados, segundo a mídia local. Quando a equipe de resgate chegou, moradores locais já ajudavam alguns feridos a saírem dos escombros.
A operação, que conta com 200 ambulâncias, deve continuar pelo menos até amanhã de manhã. "Nossa prioridade é auxiliar as vítimas e curar os feridos", disse o ministro-chefe da região de Odisha, Naveen Patnaik, que deve visitar o local neste sábado (2).
Cerca de 850 pessoas foram levadas para hospitais locais com ferimentos. Em um deles, em Soro, centenas de jovens fizeram fila do lado de fora para doar sangue.
O ministro de Ferrovias, Ashwini Vaishnaw, anunciou nas redes sociais que estava a caminho do local do acidente e que até a Força Aérea havia sido convocada. Antes mesmo de compartilhar informações sobre o que ocorreu, ele já listou uma série de indenizações às vítimas.
Às famílias dos mortos, afirmou, seria dado 1 milhão de rúpias (R$ 60 mil, aproximadamente). Aos feridos de maneira grave, 200 mil rúpias (R$ 12 mil). E, aos feridos de forma leve, 50 mil rúpias (R$ 3.000).
Um sobrevivente disse a repórteres de uma emissora local que estava dormindo quando a colisão aconteceu e, ao acordar, se viu preso entre uma dúzia de passageiros. Ele conseguiu rastejar até a parte de fora, ferindo-se no pescoço e no braço. Por telefone, uma testemunha disse à agência de notícias Reuters que viu pessoas com membros quebrados e passageiros morrendo ao seu redor.
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