WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O Ministério das Relações Exteriores brasileiro afirmou que vai convocar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre os ataques em território israelense a partir da Faixa de Gaza na madrugada deste sábado (7).

O Brasil assumiu a presidência rotativa do órgão em 1º de outubro. Outros países membros também solicitaram uma reunião sobre o tema, e agora estão em consulta para determinar uma data.

O conselho é composto por cinco membros permanentes (China, Estados Unidos, Rússia, França e Reino Unido), com poder de veto, e dez não permanentes, escolhidos para mandatos de dois anos por eleição. Hoje esse grupo é composto por, além do Brasil, Albânia, Equador, Gabão, Ghana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes Unidos.

O órgão é a instância máxima de poder do sistema ONU, mas vem sofrendo críticas por uma paralisia, especialmente após a Guerra da Ucrânia.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou guerra após o Hamas lançar um ataque surpresa e de grande escala neste sábado, em ação que já é considerada uma das maiores ofensivas contra o país nos últimos anos. Ao menos 40 pessoas morreram, e autoridades dizem que o número de vítimas pode aumentar.

Em mensagem de vídeo, Netanyahu disse que o grupo extremista islâmico que controla a Faixa de Gaza pagará "um preço sem precedentes" pela ofensiva, que teria usado mais de 5.000 foguetes. "Estamos em guerra. Esta não é uma operação simples", afirmou.

A ofensiva surpresa, que acontece exatamente 50 anos após o início da Guerra do Yom Kippur, combinou a infiltração de homens armados em cidades israelenses com uma saraivada de foguetes, disparados da Faixa de Gaza. Segundo as Forças Armadas de Israel, dezenas de militantes se infiltraram por terra, mar e ar, alguns dos quais com a ajuda de parapentes.

Em nota, o governo brasileiro condenou os ataques e reiterou "seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas".


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