SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde da Palestina disse que recebeu ordens de Israel para que hospitais públicos e privados fossem evacuados por risco de serem bombardeados.
As autoridades palestinas afirmam que os alertas são "ameaças". "As forças israelenses que enviam deliberadamente mensagens ameaçadoras repetidamente às instalações de saúde sugerem que esses ataques não irão parar", disseram integrantes do ministério, em comunicado publicado nesta quinta-feira (19).
Segundo o governo, além de atender pacientes, os hospitais também estão servindo como abrigos para civis. "Estamos empenhados em continuar a desempenhar as nossas missões humanitárias e de saúde. Os profissionais de saúde não abandonarão os nossos pacientes e civis feridos, aconteça o que acontecer", acrescentaram as autoridades.
Israel ainda não se manifestou sobre essa acusação. O relato do Ministério da Saúde palestino ocorre na esteira do ataque a um hospital no centro da cidade de Gaza, que deixou ao menos 500 mortos. Israel nega que tenha feito esse bombardeio por ter como diretriz não atacar pontos de saúde, e acusou a Jihad Islâmica pelo ataque.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu endossou o posicionamento do Exército israelense. Na rede social X, ele escreveu que "aqueles que mataram as nossas crianças também matam suas próprias".
A Jihad Islâmica chamou a acusação de "mentira". Segundo o grupo, Israel tenta "encobrir o massacre que cometeram contra civis".
"Isso é uma mentira e uma invenção, é completamente incorreto. Os ocupantes [o exército de Israel] estão tentando encobrir o crime horrível e o massacre que cometeram contra os civis", disse Daoud Shehab, porta-voz da Jihad Islâmica, à Reuters.
Pelo menos 3.785 palestinos foram mortos em Gaza em ataques israelenses desde 7 de outubro. A informação é de balanço divulgado nesta quinta pelo Ministério da Saúde da Palestina.
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