SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O grupo extremista Hamas anunciou nesta sexta-feira (20) ter libertado duas reféns estadunidenses, uma mãe e sua filha, por "razões humanitárias". Israel e os Estados Unidos ainda não se pronunciaram a respeito da alegação.
O anúncio foi feito nas redes sociais na tarde desta sexta-feira e critica declarações do presidente Joe Biden, que se aliou a Israel no combate ao grupo.
Não foram divulgadas mais informações sobre onde as reféns teriam sido soltas.
Em resposta aos esforços do Catar, as Brigadas Al-Qassam libertaram duas cidadãs americanos (uma mãe e sua filha) por razões humanitárias e para provar ao povo americano e ao mundo que as alegações feitas por Biden e sua administração fascista são falsas e sem fundamento.
Nota do Hamas
O grupo já havia afirmado anteriormente que libertaria os reféns estrangeiros conforme conseguisse confirmar sua identidade. Na última semana, imagens de uma refém israelense foram divulgadas para mostrar o suposto "bom tratamento" dos sequestrados.
MAIORIA DOS REFÉNS ESTÁ VIVA, DIZ ISRAEL
Aproximadamente 200 reféns se encontram atualmente detidos na Faixa de Gaza, segundo informações do Exército de Israel. Desses, mais de 20 são menores de idade e entre 10 a 20 têm mais de 60 anos.
"A maioria deles está viva", afirmaram os militares na nota.
"Vários militares israelenses" estão entre os sequestrados, disse o ex-chefe do Hamas, Khaled Meshaal, em entrevista à TV Al Arabiya. Entre eles, há membros do alto escalão da Divisão de Gaza, segundo o extremista.
ESPERA POR AJUDA HUMANITÁRIA
No 14º dia de guerra, caminhões com alimentos, produtos de higiene e medicamentos se acumulam na passagem de Rafah, entre Egito e Faixa de Gaza, aguardando autorização para abastecer o território, ainda mais isolado por Israel após o ataque de 7 de outubro.
A previsão inicial do governo norte-americano era de que a abertura humanitária ocorresse nesta sexta. A Organização das Nações Unidas, por sua vez, projeta que a mudança ocorra no sábado (21) ou no domingo (22).
A liberação da passagem de Rafah, porém, só ocorrerá para o abastecimento da região e não vale para os moradores da Palestina, que tentam deixar o país pela fronteira com o Egito.
Entre as pessoas que aguardam a liberação da fronteira está um grupo de cidadãos brasileiros. Um avião da Força Aérea Brasileira aguarda no Egito a autorização para retirada do grupo, que deve ser repatriado.
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