SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As forças de Israel disseram ter matado nesta terça (31) um dos comandantes militares do Hamas responsáveis pelo mega-ataque do dia 7 passado contra o país, que disparou a nova guerra no Oriente Médio entre o Estado judeu e o grupo terrorista palestino da Faixa de Gaza.
Segundo Tel Aviv, Ibrahim Biari foi morto no comando da defesa do norte de Gaza em sua base no Batalhão Central de Jabalia, nome dado ao campo de refugiados homônimo da região. Ele era procurado há anos por Israel, sendo considerado responsável por um ataque no porto de Ashdod que matou 13 pessoas em 2004, além de várias ações contra as IDF (Forças de Defesa de Israel).
A Força Aérea israelense empregou caças na ação, que matou ao menos 50 pessoas. Mais cedo, o diretor de um hospital de Jabalia havia dito à rede qatari Al Jazeera que um bombardeio havia deixado esse mesmo número de mortos na região. O Hamas ainda não se pronunciou.
Segundo comunicado das IDF, um complexo de túneis usados pelo Hamas na região colapsou com os ataques. Não está claro se, sempre segundo a versão apresentada por Tel Aviv, o comandante estava dentro dele ou em algum outro prédio.
Jabalia é um dos principais campos de refugiados do Oriente Médio, e agora está na minha de frente da ação terrestre iniciada na sexta (27), de forma gradual, por Israel. Tanques israelenses atuam na área, assim como no sul da zona de exclusão para civis ?que não impede Tel Aviv de bombardear outros pontos da faixa fora dela.
Se confirmada, a morte de Biari é um golpe duro para a organização local do grupo na região. Israel tem anunciado quase diariamente o assassinato de terroristas de relevo do Hamas. A invasão de Gaza não ocorreu de forma maciça ainda, contudo, e há pressões diversas sobre o governo de Binyamin Netanyahu para que ele use de comedimento.
Um dos fatores incertos é o futuro dos 240 reféns, segundo as IDF, ainda em mãos do Hamas ?o grupo fala em 250, dos quais ao menos 50 teriam morrido, mas ninguém sabe exatamente o número certo. O que se sabe é que eles podem estar nos túneis do grupo, que somam alegados 500 km de rede sob Gaza, e isso sugere a necessidade de um trabalho de inteligência forte antes de ataques.
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