SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após mais de um mês e meio sob o poder do Hamas, 13 reféns foram libertados nesta sexta-feira (24), por volta das 16h30 do horário local (11h30 em Brasília). A informação é do jornal israelense The Times of Israel, segundo o qual o grupo já embarcou em ambulâncias da Cruz Vermelha e agora se dirige para a passagem de Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito.
O grupo é o primeiro a ser solto graças a um acordo firmado entre o grupo terrorista e Israel nos últimos dias --a expectativa é de que, até a segunda-feira (27), mais três grupos do tipo, formados por no mínimo dez reféns, sejam libertados diariamente, de modo a totalizar 50 reféns soltos nos quatro dias de cessar-fogo.
De acordo com o jornal israelense The Times of Israel, 12 dos reféns soltos agora são do kibutz Nir Oz, próximo à Faixa de Gaza. Cerca de 75 moradores do local foram sequestrados durante os ataques do 7 de outubro, incluindo 13 crianças.
O número é um quinto do total de cerca de 240 pessoas sequestradas pela facção terrorista palestina no 7 de outubro, em uma brutal incursão ao território israelense que deixou 1.200 mortos e serviu de estopim para os enfrentamentos na Faixa de Gaza.
Ao mesmo tempo, representa uma esperança em relação a uma possibilidade de diálogo entre as partes beligerantes --mesmo que ambas já tenham garantido que pretendem prosseguir com os enfrentamentos assim que o cessar-fogo previsto pelo acordo, a princípio de quatro dias, chegue ao fim.
Também promete um alívio, ainda que temporário, para o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Manifestantes vinham pressionando o seu governo em atos quase diários que exigem mais esforços pela soltura das vítimas.
A contrapartida para a libertação dos reféns é a soltura de 150 mulheres e menores de 19 anos palestinos atualmente detidos em presídios israelenses. O jornal israelense Times of Tel Aviv informou nesta sexta que o primeiro grupo será formado por 39 palestinos, e já há registros de alguns deles sendo retirados de penitenciárias no Estado judeu para a Cisjordânia.
Muitos desses palestinos foram presos sem julgamento prévio, e por crimes menos graves, como arremessar pedras contra soldados israelenses, fabricar explosivos, causar danos a propriedades e manter contatos com organizações hostis. Além disso, nenhum deles é acusado de homicídio.
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