SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, negou nesta segunda-feira (4) que esteja ignorando familiares dos reféns, que vêm criticando a forma como o governo lida com os sequestrados pelo grupo terrorista Hamas nos ataques do dia 7 de outubro.

Desde que as vítimas foram levadas para a Faixa de Gaza, alvo de uma das maiores campanhas aéreas da história de Israel, houve protestos que acusam Bibi, como o premiê é conhecido, e seu governo de colocar a situação dos reféns em segundo plano.

"Uma reunião entre o gabinete de guerra e as famílias dos reféns já estava marcada desde ontem [domingo] para quarta-feira", afirmou, em um comunicado. "Devido ao pedido das famílias, está sendo examinada a possibilidade de antecipá-la."

A nota foi uma resposta a recentes críticas de familiares de reféns após a interrupção na trégua da guerra, na última sexta (1º). O cessar-fogo permitiu a troca de reféns mantidos em Gaza por prisioneiros palestinos e facilitou a entrada de ajuda humanitária na faixa costeira devastada.

"Tudo o que pedimos é que o gabinete se reúna conosco hoje. Nós merecemos isso, e nos ignorar é humilhante", disse Yael Adar, mãe do refém Tamir, em uma entrevista coletiva. "Se eles não se encontrarem conosco até as 20h, precisaremos pensar no que fazer para intensificar nossos protestos."

Durante a semana de cessar-fogo, 105 reféns foram libertados pelo Hamas, sendo 81 israelenses, 23 tailandeses e um filipino. Em troca, Israel libertou 210 mulheres e crianças prisioneiros palestinos. Tel Aviv estima que cerca de 240 pessoas haviam sido sequestradas nos atentados.


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