SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma mulher morreu devido aos ferimentos causados por um tubarão na praia da Bahía de Melaque, em Jalisco, no México.
O Corpo de Bombeiros foi informado de que havia uma pessoa com problemas para sair do mar, na área do Parque Aquático e Cooperativa Punta Farallón.
A vítima, de 26 anos, foi identificada como María Fernanda Martínez Jiménez, bióloga marinha formada pelo Centro Universitario de la Costa Sur.
Segundo testemunhas, ela estava nadando com seu filho de cinco anos, a uns 20 metros de distância da praia. No momento em que auxiliava o filho a subir em uma plataforma inflável, ela teve dificuldades para subir também, informou o diretor de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros de Cihuatlán, Rafael Araiza González ao jornal El Occidental.
As testemunhas disseram ainda que ela estava tentando salvar o filho do ataque do animal, mas acabou sendo puxada para o fundo do mar e acabou se afogando.
Ao chegarem ao local, os agentes notaram que a mulher tinha a perna esquerda desmembrada e já não possuía sinais vitais. A tragédia levou ao fechamento das praias na costa sul por tempo indeterminado, e as autoridades locais estão investigando o ocorrido.
Em um comunicado do X, antigo Twitter, a Prefeitura Municipal de La Huerta alertou a população para a presença de tubarões na costa sul de Jalisco.
TUBARÃO-TOURO
Neste domingo (3) pela manhã o biólogo e professor da Universidade de Guadalajara, Bernabé Aguilar Palomino, especialista em tubarões, foi chamado pelos marinheiros e instituições forenses que compareceram ao local para determinar qual espécie atacou a mulher.
Ele confirmou que se tratava de um tubarão touro, após comparar as marcas dos dentes, mordida e forma das feridas deixadas na vítima com as mandíbulas que possui em sua coleção.
Em um post no Facebook, o biólogo Jorge Saul Ramirez Perez divulgou o resultado da análise e afirmou que a Universidad Autónoma de Sinaloa já havia emitido um parecer técnico recomendando que não se instalassem infláveis em outra área, próximo a Mazatlán.
Segundo especialistas, a sombra gerada pelos infláveis, como os do parque em Melaque, chama a atenção de tubarões e outros predadores marinhos, por assemelhar-se a aglomerados de vegetação marinha, que atraem cardumes, como explicou o conservacionista Jesús Garcia, em outro post no Facebook.
A estrutura inflável instalada em Melaque conta com escorregadores e plataformas de mergulho e, segundo os especialistas, podem assemelhar-se sob a água com os chamados dispositivos de agregação de peixes, equipamentos controversos usados na pesca, que emulam os aglomerados de algas.
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