SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma mulher de 26 anos foi presa após ser impedida por visitantes de incendiar a residência onde viveu Martin Luther King, em Atlanta, no estado da Geórgia, nos EUA.

Imagens obtidas pelo canal local de notícias WSB-TV mostram uma mulher vestida de preto encharcando a varanda e as janelas da frente da casa com gasolina.

A polícia foi alertada de que um ato de vandalismo estava em andamento no distrito histórico da cidade nesta quinta-feira (7) por volta das 17h45, horário local (22h45 GMT), disse a corporação em Atlanta, em um comunicado à imprensa.

A suspeita foi impedida de atear fogo na casa por dois cineastas visitantes de Utah e dois policiais de folga de Nova York que também visitavam a casa. A ação "salvou uma parte importante da história americana", disse o chefe de polícia de Atlanta, Darin Schierbaum, segundo apurou a BBC.

Um dos cineastas, Zach Kempf, disse ao jornal The New York Times que inicialmente pensou que a mulher estava regando arbustos na frente da casa antes de subir correndo as escadas e puxar a porta de tela da frente.

Ela não respondeu quando perguntaram o que ela estava fazendo. No momento, ela esvaziava o conteúdo de um galão vermelho sobre a estrutura da residência, antes de jogá-lo no mato e pegar um isqueiro que havia deixado na grama, disse Kempf, que ligou para o serviço de emergência.

"Se as testemunhas não estivessem aqui e interrompessem o que ela estava fazendo, em apenas alguns segundos a casa estaria envolvida pelas chamas", disse o chefe dos bombeiros, Jerry DeBerry à BBC. "Foi realmente uma questão de tempo e de as testemunhas estarem no lugar certo na hora certa".

Num comunicado, o King Center confirmou que a tentativa de incêndio criminoso não teve sucesso "graças à corajosa intervenção dos bons samaritanos e à rápida resposta das autoridades policiais".

A suspeita permanecerá sob custódia, segundo a polícia. Ela é acusada de tentativa de incêndio criminoso e invasão de propriedade do governo.

A casa de dois andares onde King passou os primeiros 12 anos de sua vida é um marco federal. O imóvel foi adquirido pelo Serviço Nacional de Parques em 2018 e está fechado ao público desde o mês passado para reparos e reformas.


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