SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um tribunal na França condenou nesta sexta-feira (8) seis pessoas por envolvimento no assassinato do professor Samuel Paty, decapitado em 2020 após ter exibido a seus alunos charges do profeta Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão.
O tribunal considerou cinco dos réus, na época do crime com 14 e 15 anos, culpados por vigiar o professor antes do assassinato. Outro réu, então com 13 anos, foi acusado de mentir sobre o debate em sala de aula e por fazer comentários que aumentaram a raiva de estudantes islâmicos contra o professor.
Na semana anterior ao crime, o pai e uma aluna de Samuel Paty compartilharam um vídeo em que chamavam o professor de bandido e apelavam a outros para "unir forças e dizer 'pare, não toque em nossos filhos'".
O professor havia mostrado charges do profeta Maomé a seus alunos em uma aula de educação cívica. Os pais de estudantes muçulmanos se revoltaram, pois na religião qualquer representação do profeta é considerada uma blasfêmia.
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