BUENOS AIRES, ARGENTINA, E BOA VISTA, RR (FOLHAPRESS) - O clima esquentou do lado de fora do Congresso Nacional da Argentina na tarde desta quarta (31), enquanto do lado de dentro deputados discutem o pacotão de leis liberais proposto pelo presidente Javier Milei. Houve confronto entre manifestantes e forças federais de segurança, com gás de pimenta, empurrões e pelo menos um detido.
Diversas organizações sociais foram ao local desde cedo para protestar contra a legislação. De tarde, no entanto, segundo a imprensa local, alguns dos grupos presentes deixaram a praça do Congresso e ocuparam algumas faixas de avenidas próximas.
Em seguida, a polícia começou a se posicionar para impedir o avanço do ato e posteriormente liberar as pistas bloqueadas. As forças de segurança lançaram gás de pimenta para dispersar os manifestantes que ocupavam as vias, o que aumentou a tensão à medida que participantes do ato atingiam policiais que avançavam com escudos.
Nos primeiros dias do mandato, em dezembro, o governo de Javier Milei instituiu novo protocolo com tolerância zero contra manifestações que fechem vias, inclusive com emprego de forças federais.
O protocolo inclui também o destacamento de forças de segurança em carros, motos e caminhões que lançam jatos d'água para romper os chamados piquetes, como é conhecido o método de protesto de algumas das organizações sociais que fecha ruas.
A "lei ônibus" chegou ao plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta desidratada em meio a resistências de parlamentares, governadores e parte da população que se opõem ao decreta com centenas de artigos e cujo objetivo é acelerar reformar liberalizantes na Argentina.
Dos 664 artigos originais, sobraram cerca de 380. A lei foi sendo depenada pouco a pouco ao longo das últimas três semanas, diante de debates em comissões, de uma greve geral e de intensas negociações do governo para obter quórum, já que o presidente conta apenas com uma pequena minoria do Congresso.
A votação iniciada nesta quarta vai analisar pontualmente mais de cem dos artigos mais controversos e constitui o primeiro teste do governo Milei ante um projeto contestado e base parlamentar pequena.
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