Vale refei??o e alimenta??o
As vantagens e desvantagens que a aquisi??o do vale traz para empresa, funcion?rios e restaurantes

S?lvia Zoche
26/01/05

O economista Fernando Macedo fala sobre as vantagens de uma empresa adotar o vale refei??o para seus funcion?rios. Ou?a o que M?rcia Pimentel, da Cesama, pensa sobre o vale refei??o na empresa    Ou?a!    Ou?a!   

Foto ACESSA.com Diferente do que muita gente pensa a aquisi??o do vale refei??o ou alimenta??o por uma empresa n?o representa preju?zo. A d?vida de adquirir ou n?o o benef?cio acontece muitas vezes por falta de informa??o. As firmas que adotam os vales ficam isentas do recolhimento do FGTS e INSS sobre o valor do benef?cio concedido para o trabalhador.

Al?m disso, a empresa credenciada no Programa de Alimenta??o do Trabalhador (PAT) pode abater no Imposto de Renda 4%. A desvantagem ? que na dedu??o do imposto de renda apurado com base no lucro arbitrado ou no lucro presumido n?o ? permitido o abatimento fiscal.

Empresas e funcion?rios
Diversas empresas em Juiz de Fora s?o cadastradas no PAT. O Programa foi institu?do juntamente com o servi?o Refei??o Conv?nio, regulamentado pelo governo federal, atrav?s do Minist?rio do Trabalho e do Emprego, desde 1996.

De acordo com a selecionadora de profissionais, da empresa Gelre Trabalho Tempor?rio, Jeanne Sarchis (foto ao lado), "das 60 empresas que eles t?m cadastradas, a maioria fornece vale-refei??o ou vale-alimenta??o. ? uma quest?o de comodidade para a empresa e para o funcion?rio. Hoje em dia, o hor?rio do profissional ? muito enxuto. Com o vale refei??o, uma hora de almo?o ? suficiente. Mas se tiver que ir em casa fica bem complicado. Sem contar, que o funcion?rio fica mais satisfeito", conclui Jeanne.

Ela lembra que nem sempre ? poss?vel uma empresa aumentar o sal?rio de um trabalhador e o vale torna-se uma complementa??o salarial, mesmo que a legisla??o do PAT n?o permita que o vale seja pago em dinheiro. As que decidem n?o se cadastrar no PAT, n?o aumentam o sal?rio, mas estendem o hor?rio de almo?o. "Em vez de dar uma hora de almo?o, vale-refei??o e dois vales-transportes, a empresa oferece uma hora e meia de almo?o ou duas horas, mais quatro vales-transporte", explica.

A supervisora de sele??o e treinamento da Cesama (Companhia de Saneamento Municipal), M?rcia Pimentel de Oliveira, diz que a companhia resolveu adotar os vales-refei??o para os mais de 700 funcion?rios. Antes, o sistema adotado era o de refeit?rio. "O gasto acaba sendo o mesmo, mas o trabalho com o refeit?rio ? muito maior", diz.

De acordo com o economista Fernando Macedo, a vantagem do refeit?rio em rela??o ao vale ? que ? poss?vel cumprir a determina??o do PAT de que o funcion?rio deve ingerir 1500 calorias por dia. "Se a pessoa ganha o vale-refei??o, a empresa n?o tem como saber se o seu empregado est? realmente se alimentado bem", afirma.

M?rcia conta que foi realizada uma pesquisa para saber se pr?ximo aos pontos da Cesama, existiam restaurantes. "Como vimos que existia, resolvemos adotar os vales. ? melhor, porque a pessoa pode escolher o restaurante que quer almo?ar". Outra vantagem apontada por M?rcia ? que algumas padarias, a?ougues e supermercados aceitam os vales. "O problema vai ser quando os vales forem todos de cart?o. A? s? ser? poss?vel ir ?s redes credenciadas. Mas ainda assim ser? vantagem", conclui.

Restaurantes
No caso dos restaurantes, os propriet?rios n?o v?em tanta vantagem assim. Eles precisam fazer o reembolso ao receber o vales. Al?m disso, devem pagar ? firma de 3% a 5% do valor de cada vale ? empresa fornecedora.

Para Marcelo de Alvarenga Menezes (foto ao lado), s?cio-propriet?rio do Restaurante Sabor Bem Mineiro, a vantagem dos vales ? somente uma. "Atualmente, as pessoas n?o t?m mais tempo de ir em casa para almo?ar. Ent?o, os vales possibilitam que mais pessoas almocem na rua. Aqui, cerca de 30% das que almo?am pagam com vale". Mas al?m dos restaurantes sofrerem descontos no momento do reembolso, o ressarcimento pode demorar dias. "Chega a ser de 14 em 14 dias", conta Marcelo.

Segundo ele, com a mudan?a de vale de papel para cart?o eletr?nico, os estabelecimentos precisaram adquirir a m?quina eletr?nica. "Tem cart?o que s? passa em determinada m?quina. Ent?o, temos que alugar os dois tipos", diz. O aluguel de cada m?quina ?, no m?nimo, de R$ 85.

Apesar dos contratempos, Marcelo Menezes admite que se n?o fossem os vales, seu restaurante n?o teria ag?entado. "Quem almo?a e paga com vale ? que ajuda o meu restaurante a movimentar todo dia. A gente acaba dependendo dele", diz.

Para o economista Macedo, quem mais lucra nesse neg?cio, ? a empresa forncedora do vale. "Isso ? um grande neg?cio para quem ? dono do vale, porque quando a empresa compra o vale, ela compra e paga. E tem o desembolso de caixa imediato", conclui.

Leia mais:

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