Terça-feira, 28 de setembro de 2010, atualizada às 11h

Padaria comunitária em Viçosa terá uma sede fixa até dezembro

Pablo Cordeiro
Repórter

A Padaria Artesanal Comunitária de Viçosa terá uma sede fixa. Mais da metade das obras está concluída e a expectativa é de que seja finalizada em dezembro deste ano. A padaria existe há seis anos e sempre funcionou periodicamente na casa de cada um dos colaboradores. A organização atual envolve 14 famílias e a produção de pães e biscoitos beneficia os colaboradores, além de 400 famílias da comunidade da Violeira, mesmo local onde será instalada a sede.

A renda gerada mensalmente para cada trabalhador gira em torno de R$ 350, quantia que pode aumentar até para mais de um salário mínimo após término das obras. "Atualmente, a renda serve como complementação, mas a ideia é que seja a principal de quem não tem outra renda. Além desse benefício, o projeto também melhora o relacionamento entre as famílias, evita problemas de depressão e fornece uma atividade. Outro ponto é a segurança alimentar, em que cada trabalhador leva uma parcela da produção diária para casa", explica a extensionista em bem-estar social da Emater MG/Viçosa, Vera Fialho.

O forte da produção é pão integral, de mandioca, de abóbora, de cebola e biscoito de polvilho. Com a adoção da sede, a produção vai expandir para bolos e produtos de outras naturezas, além de beneficiar mais famílias. Os equipamentos foram conseguidos pelo Programa Minas Sem Fome, por intermédio da Emater/MG, e os materiais para a construção, por meio da Prefeitura Municipal de Viçosa.

Segundo Vera, os produtos caseiros e sem conservantes são o forte da produção. A padaria ainda precisa de apoio, principalmente em relação aos materiais de acabamento, como as tintas para a pintura. Os interessados em ajudar podem entrar em contato no telefone (32) 3891-2331. No próximo dia 10 de outubro, às 13h, um festival de sorvete e de prêmios irá reunir as famílias e agir no sentido de arrecadar verba para o projeto. Os eventos ocorrerão num salão de festas na comunidade rural do Zig-Zag.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken