?ber Nogueira Poeta nascido em Ibitipoca aproveita a vida em plena maturidade e demonstra seu amor por Juiz de Fora

Guilherme Ar?as
Colabora??o*
29/06/2007

Paix?o pela natureza, amor pela fam?lia e boas recorda?es do passado. Com esses ingredientes, ?ber Nogueira se dedica a transformar sentimentos em poesia. Come?ou a escrever desde cedo e na quarta s?rie do colegial dedicou seu primeiro poema ? cidade de Barbacena.

O resultado n?o poderia ser outro: ?ber se tornou professor de Portugu?s. Nascido em uma fazenda aos p?s da Serra de Ibitipoca, em 1971 se mudou para Juiz de Fora, onde passou a dar aulas na Escola Polivalente Presidente Costa e Silva, em Benfica.

Durante a ?poca de faculdade e de magist?gio deixou os poemas de lado. S? voltou a escrever na d?cada de 1980. "Nos anos 80 escrevi dois poemas. Em 2005 voltei a me dedicar ? escrita e ganhei o terceiro lugar em um concurso realizado pelo programa Pr?-Idoso, da Amac, com o soneto "Carro de boi". Fiquei muito entusiasmado e de l? pra c? n?o parei mais de escrever", diz ?ber.

Como pr?mio do concurso, ?ber ganhou livros de poesia. Foi esse o primeiro est?mulo para o poeta de 63 anos montar uma mini-biblioteca em sua casa. Aliando leitura e escrita, ?lber passou os anos de 2005 e 2006 se dedicando ? poesia. "Comecei a publicar algumas obras no Jornal d'O Poeta, uma publica??o que re?ne os trabalhos de poetas juizforanos". Estava dado o passo para que o autor reunisse seus poemas em um livro. Os custos da publica??o foram financiados pela Lei Murilo Mendes e, atualmente, ?ber comemora o lan?amento de "Versos da Maturidade".

Assumindo a Maturidade

Livro Versos da Maturidade
O nome do livro n?o poderia expressar melhor as obras do poeta juizforano. "O termo 'maturidade' tem muitos significados pra mim e que eu pude passar nesse livro. Primeiro tem o sentido biol?gico, que diz respeito ? idade cronol?gica, justamente a fase em que eu me encontro. Depois vem o lado psicol?gico, em que a gente vai aprendendo a ter o auto-conhecimento. Por fim, eu lembro do lado social da maturidade, em que eu interajo com grupos de idosos, canto em coral, toco viol?o", diz.

Com a mesma disposi??o, ?ber assegura que n?o tem vergonha de se assumir um poeta da terceira-idade. "Hoje os idosos tem atividades diferentes. O que eu fa?o ? o resgate da auto-estima atrav?s da express?o po?tica da realidade interiror e exterior", revela o poeta. ?ber aconselha aos idosos a procurarem o seu espa?o e se aceitarem como velhos. "A pessoa come?a a morrer no instante em que ela nasce. A morte ? inevit?vel", orienta.

O senhor das artes

Al?m de escrever poesias, cantar em um coral, participar de grupos de idosos e tocar viol?o, ?ber gosta de fotografar todos os momentos especiais. Paisagens, carros, flores, animais, festas... Nada escapa ?s lentes da c?mera do poeta.

A fotografia virou um grande hobby e, atualmente, divide as aten?es da poesia. "Hoje eu costumo fotografar mais do que escrever poesias. Virou minha nova paix?o", revela.

As fotos de capa e contracapa do livro "Versos da Maturidade" foram feitas pelo pr?prio autor. "A foto que ilustra a capa representa a maturidade como a aurora do dia, que anuncia a noite e aguarda o amanhecer", compara o autor. A fotografia da contracapa ? uma homenagem ? cidade de Ibitipoca, terra natal do poeta. Um poema dedicado ? cidade tamb?m foi a forma que ?ber achou para lembrar suas origens.

Confira algumas fotos feitas pelo poeta fot?grafo:

Foto Foto
Foto Foto

Entre os v?rios temas que aborda em seu livro, ?ber demonstra sua rela??o com Juiz de Fora, cidade que o acolhe a mais de tr?s d?cadas. O acr?stico em homenagem ? cidade ? um exemplo de que o poeta j? se tornou um juizforano.

Juiz de Fora (acr?stico)

Jovem e pr?spera
Uma das cidades
Interioranas mais
Zelosas pela educa??o

De todas no Brasil, ?s
Espelho de grandeza

Feliz ber?o
Onde a cultura
Reina e encontra
Apoio do poder p?blico

O lan?amento do livro "Poesias da Maturidade", de ?ber Nogueira, acontece no dia 30 de junho, ?s 19h, no segundo andar do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, na Avenida Rio Branco, 200.

*Guilherme Ar?as ? estudante de Jornalismo da UFJF