Existem pais que deixam para comprar alguns livros da lista escolar de ?ltima hora, na esperan?a de fazer um bom neg?cio. E acabam conseguindo. A propriet?ria da Livraria Cam?es, Dinair dos Reis Silva, lembra que nos sebos as formas de pagamento s?o diversas. "Normalmente, as livrarias de novos s? dividem at? quatro vezes. N?s fazemos em at? sete vezes. Se a pessoa vier com mais de tr?s listas escolares, e for pagar ? vista, podemos dar um desconto", afirma.

O movimento nos sebos, em janeiro e fevereiro, chega a duplicar. O propriet?rio da Livraria Flamingo, Walter Carneiro J?nior, disse que, em compara??o ? mesma ?poca do ano passado, houve um aumento de 20% nas compras. "Os livros escolares s?o tabelados, mas, para facilitar, aceitamos livros usados como forma de pagamento. Al?m disso, as bibliografias escolares que s?o reaproveitadas, compramos na ponta de estoque das editoras. Por isso conseguimos um pre?o mais barato", explica.

A propriet?ria da Livraria Brasil, Evonilda Tanajino Corr?ia, diz que o aquecimento das vendas acontece de 1? a 20 de fevereiro. "Nessa ?poca, a loja fica cheia demais. J? no final de abril, as pessoas come?am a procurar os livros de apoio, que s?o as leituras para aula de portugu?s". Isso sem contar as aulas das faculdades, que costumam adotar livros todo in?cio de semestre.

Para os sebos, um dado importante ? estar atualizado. "Se a gente n?o se atualiza, ficamos com livros encalhados na prateleira", afirma Evonilda. A gerente da Banca do Vasco, Inahia Guimar?es, lembra que alguns t?tulos n?o est?o desatualizados, a escola ? que resolve adotar uma edi??o nova. "O estudante ? obrigado a adquiri-lo. Antigamente, o mesmo livro era usado por seis anos. Agora, n?o passa de tr?s anos".

Firmes no mercado
As livrarias entrevistadas pela equipe da ACESSA.com est?o h? bastante tempo no mercado de Juiz de Fora. A Banca do Vasco vende usados e novos desde 1967. A explica??o de Inahia para o movimento constante ? que os funcion?rios entendem e gostam de livros. "O livro, independente do estado de conserva??o, possui uma hist?ria que quer ser contada." A Livraria Brasil e a Flamingo est?o no mercado h? 20 anos, e a Cam?es vai completar nove anos.

Um fator apontado por todos para atrair novos consumidores ? o estado de manuten??o dos livros. "N?o pode, de jeito nenhum, ter riscos de caneta. Marcador de texto, ent?o, nem pensar! Isso deprecia o livro", ressalta Evonilda. Para Inahia, as pessoas est?o mais conscientes. "At? as crian?as da 5? s?rie conservam bem seus livros. Os pais exigem que os filhos sejam mais cuidadosos. ? uma quest?o de economia".

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