Sexta-feira, 24 de junho de 2011, atualizada às 15h01

Lojas apostam em promoções para atrair consumidores durante o feriado prolongado

Victor Machado
*Colaboração
Vitrine de loja

Nos dias de feriado, o comércio de Juiz de Fora costuma amargar prejuízos, já que as lojas ficam fechadas. Por isso, para driblar a queda no movimento, muitos empresários apostaram nas promoções. 

Segundo a gerente de uma loja de acessórios femininos, Fernanda de Paula, o feriado diminui em até 15% o fluxo de pessoas no local, comparando com os dias normais. Ela destaca que o prejuízo não é apenas no dia em que a loja fica fechada. "É claro que um dia sem funcionar representa uma queda muito grande. Mas o que prejudica mais é quando é possível emendar a folga, porque muitas pessoas viajam e a rua fica vazia."

Fernanda comenta que foi preciso fazer uma promoção específica para o período. "Começamos uma promoção na quarta-feira, 22 de junho, sabendo que teríamos essa queda e que a loja não abriria na quinta. Essa é uma maneira de ter uma queda menor no movimento do que prevíamos. A promoção será encerrada no sábado."

A supervisora de uma loja de calçados, Débora Matias, afirma que o estabelecimento colocou os produtos a preços promocionais na véspera do feriado de Corpus Christi. Apesar de a loja ter ficado um dia fechada, ela acredita que o balanço da liquidação já é positivo. "Meu movimento aumentou 30% desde o lançamento da promoção."

Para a gerente de uma loja especializada em bijuterias, Mônica Faustino, o feriado prolongado não está significando queda nas vendas. "Pelo contrário, meu movimento aumentou 30%. "Muitas pessoas vão viajar, mas também quem mora em outras cidades acaba aproveitando a época para retornar à cidade", diz. Na loja onde trabalha, os itens também estão em promoção.

Para o presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio), Emerson Belotti, a saída para não ter quedas tão bruscas nas vendas é o comércio da cidade começar a funcionar durante os feriados. "Juiz de Fora é uma cidade-polo na região e tem que se modernizar. A modernidade já mostra que é preciso funcionar nos feriados. O comércio passará a atrair pessoas de cidades da região e, até mesmo, daqui. Aquelas pessoas que não têm tempo para fazer compras no dia a dia."

De acordo com Belotti, existe um entendimento e algumas empresas já funcionam nesses dias. "Quem abre no feriado já está percebendo que existe uma diferença. É claro que ainda falta criar a cultura e o hábito." Ele acrescenta que o colaborador não terá prejuízos em caso de opção por trabalhar durante o feriado. "Ele terá a folga garantida e recebe mesmo se a loja não vender nada."


*Victor Machado é estudante do 7º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá

* Colaborou Jorge Júnior

Os textos são revisados por Thaísa Hosken