Quinta-feira, 28 de outubro de 2010, atualizada às 18h40

Conselho Municipal critica obras na Uaps Santos Dumont e atendimento no Estádio Municipal

Aline Furtado
Repórter

Em função da realização de obras na Unidade de Atenção Primária à Saúde (Uaps) do bairro Santos Dumont, os atendimentos à população da região vem sendo feitos, desde a última semana, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Entretanto, a situação, assim como a realização de obras na unidade, é alvo de críticas por parte do Conselho Municipal de Saúde. "Não foi feita nenhuma reunião entre os conselhos local e municipal para tratar sobre a necessidade da reforma", aponta o secretário-executivo do Conselho Municipal de Saúde, Jorge Ramos.

Ele destaca que, após visita a Uaps Santos Dumont na manhã desta quinta-feira, 28 de outubro, a pedido da Promotoria de Saúde, ficou constatada a não urgência quanto à realização das obras. "O estado de conservação de lá é bem melhor do que de outras unidades de saúde. Aliás, aquela unidade passou por obras há dois anos, tendo, inclusive, sido ampliada. O pior é que não se sabe quem autorizou a reforma.

Segundo Ramos, o conselho de saúde do bairro afirma que houve consulta quanto às obras, quando foram informados que os atendimentos seriam realizados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro São Pedro e não no estádio. "Não podemos aceitar que o poder público tome decisões sem ouvir a comunidade."

De acordo com Ramos, ficou clara, durante visita da Vigilância Sanitária ao local onde estão sendo realizados os atendimentos no estádio, a necessidade de providências. "Não há condições da situação se arrastar por mais aproximadamente 60 dias [período de duração das obras]. O desconforto para a população é grande, as instalações precisam ser melhoradas, além da distância entre o bairro Santos Dumont e o estádio ser muito grande para o usuário percorrer."

A intenção do Conselho é que uma comissão seja reunida em um prazo máximo de 15 dias para analisar, junto à Secretaria de Saúde (SS), o Plano Municipal de Saúde. "Precisamos definir o que será feito tanto com relação à reforma quanto com relação aos atendimentos. É fundamental que haja planejamento, o que não foi feito até agora." A intenção é que as propostas estejam formalizadas até o dia 24 de novembro, quando ocorre a reunião do Conselho Municipal de Saúde.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken