Baterista do sexteto do Jô Soares, e cidadão honorário de Juiz de Fora, está prestes a entrar para o Guiness Book
Ludmila Gusman
Editora
07/07/2005
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Conhecido como Miltinho Batera, o músico, que compõe o sexteto
do Programa do Jô Soares, veio para Juiz de Fora com oito meses de
idade. "Na verdade, não vim, me trouxeram", brinca. E, até os dez anos,
morou perto da Praça da Estação, de onde traz muita saudade. "Eram ali que
as escolas esquentavam os tamboris. Sinto falta daquela época!".
O Trio Miltinho Batera faz
temporadas e apresentações em diversos locais. "Às vezes precisamos viajar
com o Jô para apresentar com o sexteto, mas cada um tem seu projeto próprio.
O Tomate tem o dele, o Bira também e a gente gosta muito de apresentar com o
nosso grupo", comenta.
Hoje, o talento de Miltinho está prestes a ser reconhecido no Guiness Book
como o baterista em atividade mais antigo atuando em televisão. "Não
encontraram ninguém no mundo com esta característica. Estão estudando a
aprovação ainda", diz.
A carreira
São 55 anos de profissão e, nos últimos 16 é que
ele participa do sexteto. "Fui o primeiro a compor o sexteto. No programa de
estréia do Jô eu já estava lá", lembra.
Workshops: o musical trainer
Não bastasse os compromissos com shows e gravações, Miltinho ainda tem tempo
de realizar workshops e diz ter inventado uma "nova profissão" a de "musical
trainer". Ele realiza pequenos exercícios e toques para relaxar os músculos,
coadjuvados com batidas, usando as mãos para melhorar a coordenação motora e
melhorar o desempenho e função no trabalho. O workshop pode ser realizado em
empresas. Ele ainda faz palestra, e oferece treinamentos para melhor
capacitação de músicos. "Pautei minha carreira em cultura, conhecimento,
idoneidade e respeito", completa. Para saber mais sobre o músico, acesse: http://www.miltinho.mus.br
Super divertido e com um bom humor pra ninguém botar defeito, Milton Ramos de Brito,
natural de São Lourenço, no sul de Minas, é juizforano de coração!
"Sou cidadão honorário de Juiz de Fora. Recebi a homenagem junto com o
Ziraldo, quando completei 50 anos de carreira", diz orgulhoso.
Com as viagens entre Juiz de Fora e São Paulo,
ele conta que vem, no mínimo, duas vezes
por mês visitar a família e realizar os shows, na cidade, junto com o Trio
que compõe com o seu filho Leo Bruno (percussionista) e seu amigo Moacir
Fonseca (tecladista). "Meu filho diz que quer seguir a carreira, mas hoje
ele faz faculdade de administração", conta.
"Também, pudera!" Sua carreira na TV é de causar inveja!
Miltinho participou da inauguração da antiga TV Industrial, com a Orquestra
Aquarela e começou, em 1950, como músico bem antes de ser
conhecido no Programa do Jô.
O músico também
integrou a orquestra J. Guedes, o conjunto Giordano Monass, a orquestra
Waldyr Barros e fazia parte do
conjunto meia-noite, um dos mais famosos de Minas Gerais nos anos 50.
Ao sair de Juiz de Fora, em 1959, ele participou da TV Paulista e começou
ali a traçar seu sucesso participando de programas de tv, rádio, shows,
orquestras, grupos musicais com artistas de renome internacional. Em seus
trabalhos na TV acompanhou: Ray Conniff, Johny Rivers, Rick Wakeman, Buena
Vista Social Club e muitos outros. "São tantos, que é impossível contar
nestes 55 anos de carreira", comenta.
Ele também fez parte do grupo de músicos do programa Sílvio Santos,
na antiga TVS. Mais tarde,
Miltinho trabalha ao lado de caçulinha, no programa "Clube do bolinha", da
Bandeirantes. Ainda ligado a programas de TV, o juizforano solidifica sua
carreira no programa "Jô Onze e Meia", do SBT, formando o Quinteto Onze e
Meia. Em 2000, com a participação de mais um músico o grupo passa a se
chamar Sexteto.
Miltinho foi também professor durante 14 anos na Universidade Livre de
Música, em São Paulo. Atualmente, não leciona mais, mas sente-se orgulhoso
dos alunos que seguiram a carreira. "Muitos deles vão no Programa do Jô e
mexem comigo", diz.
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