Jo?o Batista Azevedo Cunha
Garra e coragem para enfrentar os advers?rios no Jiu-Jitsu

Colabora??o:
*Renata Silva
18/05/04

Em visita a ACESSA.com, o lutador de Jiu-Jitsu Jo?o Cunha fala sobre suas expectativas para o Campeonato Brasileiro

Jo?o Batista Azevedo Cunha H? seis anos, o estudante de fisioterapia, Jo?o Batista Azevedo Cunha (foto ao lado), encontrou seu esporte de cora??o: o Jiu-Jitsu. Ele recorda que sempre teve interesse por lutas, como a capoeira, o karat? e o jud?, mas a paix?o pelo Jiu-Jitsu foi maior e j? lhe rendeu muitos t?tulos importantes. Agora, ele se prepara para a disputa no Campeonato Brasileiro que acontece no m?s de maio deste ano.

Na ?poca em que se interessou pelo esporte, Jo?o tinha apenas 16 anos e contou com o incentivo dos pais, Jo?o Florentino e Geralda Maria, para frq?entar as aulas, comprar os uniformes e participar dos campeonatos. "Eles sempre deram a maior for?a e at? hoje, com a falta de patroc?nio, tenho que contar com eles", diz o atleta.

Todo esse esfor?o surtiu efeito ao longo dos treinamentos e j? com a faixa azul, Cunha conquistou o 3? lugar na 1? Copa Hunter e, logo em seguida, o 1? de sua categoria, na 1? Copa de Jiu-Jitsu, em Petrop?lis. O bom desempenho garantiu o 5? lugar no Interestadual do Rio de Janeiro.

O esporte na cidade
Jo?o acredita que o Jiu-Jitsu tem muito a crescer em Juiz de Fora. Ele explica que somente duas academias da cidade se dedicam ? pr?tica e, em consequ?ncia disto, apenas dois campeonatos acontecem por ano. "Temos que participar dos campeonatos regionais, pois n?o temos muitas op?es na cidade", lamenta o jovem lutador.

Apesar da pequena estrutura, o atleta destaca a uni?o entre os advers?rios. "Em Juiz de Fora, n?o existem grupos rivais. Lutadores de diferentes academias se encontram, conversam e t?m um bom relacionamento", diz. Segundo ele, a rivalidade ? grande nas cidades do Rio de Janeiro, onde geralmente, a luta acontece tamb?m fora dos treinos e campeonatos. Por?m, afirma que isso n?o acontece com os grupos profissionais, mas sim com aqueles que lutam h? pouco tempo, procurando meios para praticar a viol?ncia.

As vit?rias mais recentes
Assim que conquistou a faixa roxa, Jo?o levou pra casa o 3? lugar, na 1? Copa Olympia, o ouro no 1? Open de Tr?s Rios e o 2? lugar na Copa da Universidade Federal de Vi?osa (UFV).

O Campeonato - Os preparativos para o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu est?o a todo vapor. Jo?o ainda n?o sabe quais ser?o seus advers?rios e essa situa??o aumenta sua ansiedade."O sorteio acontece na hora", explica.

Para garantir o ouro, o atleta faz um treinamento pesado que associa corrida, nata??o, muscula??o e lutas. "Malho duas horas todos os dias. Al?m disso, corro e nado duas vezes por semana", conta com orgulho.

Com tanto esfor?o, a alimenta??o do lutador ? baseada em carboidratos e prote?nas, para que tudo continue em forma. Na ?poca das disputas, Jo?o tamb?m recorre aos suplementos alimentares, capazes de trazer um bom resultado em um pequeno espa?o de tempo.

De onde vem o Jiu-Jitsu
H? mais de dois mil anos, a pr?tica do Jiu-jitsu teve in?cio na ?ndia. Os monges monast?rios indianos eram proibidos, pela religi?o, de se defender com armas. Por?m em suas longas caminhadas, eram atacados por bandidos das tribos mong?is do norte da ?sia, nascendo ent?o a necessidade de defesa corpo-a-corpo. No Brasil, o esporte foi introduzido em 1925, quando o lutador Carlos Gracie, treinado por Mitsuo Maeda, em Belo Horizonte.

*Renata Silva ? estudante do 6? per?odo da Faculdade de Comunica??o da UFJF.