BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O candidato ao governo do Rio Grande do Sul Onyx Lorenzoni (PL) reforçou em seu programa de governo pautas bolsonaristas como liberdade e família e repetiu tese negacionista sobre o coronavírus.
Logo na introdução, no trecho em que fala sobre os pilares nos quais planeja sua gestão, o ex-ministro destaca a atuação do governo federal que, segundo afirma, desde antes da pandemia de Covid-19, "demonstrava que o rumo escolhido era acertado", com foco na eficiência do gasto público, atração de investimentos e melhoria nos programas sociais.
"Também é preciso registrar que, mesmo com a política do 'fecha-tudo', cientificamente comprovada como ineficiente do ponto de vista sanitário, graças a todo o trabalho feito, o fim do desperdício, a simplificação e desburocratização do ambiente de negócios, permitiu que todos os estados e municípios brasileiros pudessem colocar suas contas em dia", escreveu, repetindo tese negacionista sobre o isolamento social.
Onyx exerceu no governo Bolsonaro as pastas do Trabalho, Cidadania e Casa Civil.
No trecho dedicado à saúde, ele promete foco em prevenção e nas Santas Casas.
Outro destaque do programa são as escolas cívico-militares, uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirma que os resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) comprovam "qualidade superior de aprendizagem" e que nelas a educação é focada "na ética, nos valores e no desenvolvimento da cidadania" e no "desenvolvimento global dos alunos".
Onyx disputa a proximidade com Bolsonaro com outro candidato ao governo do estado, o senador Luiz Carlos Heinze (PP), que se destacou na CPI da Covid por defender teses negacionistas e tratamentos sem comprovação científica.
Na semana passada, em entrevista à Rádio Guaíba, o presidente disse ser difícil escolher em qual palanque subir. "São nomes bastante simpáticos", justificou.
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