SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - Em entrevista ao veículo Vanity Fair, Lewis Hamilton tornou público algo que nem mesmo os seus pais sabiam. De acordo com o piloto, quando ele tinha 11 anos, uma dupla formada por pai e filho o atacou em Newcastle, na Inglaterra, se utilizando de falas racistas e, inclusive, derrubando e chutando o britânico.

"Volte para o seu país [diziam pai e filho]. Ainda hoje lembro como foi aterrorizante. Eu realmente não conseguia entender. Era como 'Eles estão falando comigo? Eu sou daqui. O que eles querem dizer?' Eu nunca poderia entender isso", disse o piloto.

Em seguida, Hamilton explicou o motivo de nunca ter contado o que aconteceu aos seus pais e lembrou dos momentos em que esteve 'sozinho'.

"Nunca falei sobre isso com meus pais. Eu não falei sobre isso com minha mãe - eu não acho que ela entenderia. E meu pai, eu provavelmente estava com muito medo de contar ao meu pai, porque eu não queria que ele pensasse que eu era uma covarde. Sabe, eu não queria que ele pensasse que eu não poderia me defender. Eu só me lembro de muitas vezes estar sozinho, apenas chorando no meu quarto", afirmou.

Nos últimos anos, Hamilton tem sido uma das vozes mais ativas da Fórmula 1. Sobre a categoria, o inglês revelou que não se sentiu bem-vindo em 2007, quando ingressou, e também se abriu sobre como outras pessoas se incomodam com sua postura.

"Eu não me senti bem-vindo. Não me senti aceito [quando entrou]. Deus sabe quantos desses pilotos dizem: 'Isso não é o que um piloto de Fórmula 1 é. Não é assim que você se comporta. Não é assim que você faz. Tatuagens? Não! Um piloto de Fórmula 1 não tem tatuagens! Um piloto de Fórmula 1 não tem personalidade e piercings!'", declarou.


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