SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A PF (Polícia Federal) do Mato Grosso prendeu a líder de uma organização criminosa que teria montado um esquema familiar de garimpo de ouro ilegal na Terra Indígena Sararé, no estado. Marlene de Jesus Araújo, 47, se autodenominava como "Rainha do Sararé", segundo a PF. Além disso, outras três pessoas foram presas e quatro operações de busca e apreensão foram realizadas.
A organização criminosa é do estado de Rondônia, mas se deslocava para Mato Grosso para comandar a extração ilegal de ouro na Terra Indígena Sararé, financiava a prática de extração sem licenciamento por meio da utilização de maquinários e recrutamento de pessoas. Eles também comercializavam ouro de maneira ilegal.
Segundo o delegado Jorge Vinícius Gobira Nunes, a operação foi para desmontar o esquema e estancar o comércio ilícito. "A operação teve como objetivo desarticular organização criminosa responsável pelo financiamento da exploração ilegal de ouro, assim como a receptação e comercialização ilegal".
O delegado afirmou que foram apreendidos diamantes na casa de Marlene. "Com o mandado de busca, foram localizados diamantes, além de vários objetos de ouro".
Para a extração do ouro, a organização usava uma empresa de terraplanagem que pertence à Marlene. Em setembro e outubro do ano passado, a PF apreendeu 21 escavadeiras hidráulicas, das quais 19 foram inutilizadas e duas foram destinadas a instituições públicas. Em março, outras sete escavadeiras, moinhos de pedra e geradores foram apreendidas pelo órgão na região.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Marlene, mas questionou à PF se a suspeita apresentou algum advogado e ainda não obteve retorno.
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