SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dezenas de crianças e adolescentes estiveram no Museu do Ipiranga no primeiro dia de visitação do espaço após nove anos de reforma, em São Paulo. O dia 7 de Setembro foi reservado para famílias de operários, estudantes de escolas públicas e outros convidados.
Como seria esperado, os alunos se interessaram pelos itens tecnológicos que acompanham as obras, como as mesas multissensoriais. Mas também gostaram das peças antigas.
"Adorei a estátua do dom Pedro 1º na escadaria. Aprendi sobre ele na escola", disse Nicolas Reis, 12, estudante da Emef (Escola Municipal Ensino Fundamental) Aclamado, que fica no bairro Jardim da Conquista (zona leste da capital paulista).
Também apreciou a antiga máquina de costura na exposição "casas e coisas". No salão nobre, além de "Independência ou morte", o quadro do Pedro Américo, Nicolas gostou dos painéis explicativos sobre a obra, situados diante do quadro.
Amigo de Nicolas, Yago Aparecido, também de 12 anos, contou que a visita deles ao museu foi decidida de última hora. "A gente iria numa banda para o desfile do 7 de setembro, mas acabamos vindo pra cá."
Gabriel Levino Assunção, 10, estava fascinado com os tijolos antigos. Ele estava no museu com sua turma da Emef Josefa Nicacio Araújo, no Itaim Paulista (zona leste de SP).
Tijolos e outros objetos da época da construção, no fim do século 19, integram o eixo "Para entender o museu".
Gabriel, que mal tinha começado a visita, disse: "Tenho vontade de voltar".
Isabelle Cristina, também de 10 anos, da mesma escola, acompanhava as dezenas de fotos do museu em construção.
Marilucia Ferreira da Silva, diretora da escola de Isabelle e Gabriel, contou que houve uma mobilização da equipe do colégio para preparar os alunos para a visita.
"Promovemos debates sobre a história do Brasil e apresentamos vídeos sobre o tema para eles, além de outras atividades, disse a diretora. "Vieram com muita expectativa", disse.
"Isso aqui é uma festa. Começar é de muitos, terminar é de poucos", afirmou o professor Jorge Pimentel Cintra, engenheiro e professor ligado ao museu do Ipiranga e à escola politécnica da USP. Cintra e sua mãe, na cadeira de rodas, observavam no salão nobre a pintura de Domenico Failutti que mostra Leopoldina e seus filhos.
Filho de Fernando Oliveira, eletricista que trabalhou por um ano na instalação das fontes do jardim francês, Rafael, 9 anos, falou sobre os bichos espalhados pelo local. "Gostei de uma borboleta gigante."
"Também achei a fonte muito bonita. Estou orgulhoso do trabalho do meu pai."
Além das exposições, o garoto acompanhou a encenação "relâmpagos num dia claro", com atores que representavam figuras importantes da história do Brasil. Entre eles, o escritor Mário de Andrade (Paschoal da Conceição) e o cineasta Glauber Rocha (Aury Porto).
Os atores começaram as performances na ampla recepção do museu e depois seguiram para outras alas.
Às 10h, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) e alguns dos seus secretários visitaram o museu ao lado de um grupo de crianças e adolescentes.
"Vir ao museu é minha forma de celebrar o 7 de setembro", afirmou Garcia, que é candidato a um novo mandato.
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