SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (23) Roberto Jefferson da Silva, conhecido como Gordão, o terceiro suspeito de participar da morte de Jonas Lucas Alves Dias, ganhador de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena em setembro de 2020.
A informação foi confirmada pela delegada Juliana Ricci, titular da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba, que no início da noite começou a ouvir o suspeito. Ele se apresentou às 18h15 na sede do Deic, acompanhado dos advogados.
Segundo a delegada, Silva negou participação no sequestro e na morte da vítima. Além disso, negou conhecer a vítima. Ele, porém, aparece em dois vídeos divulgados pela Polícia Civil com os outros suspeitos.
Ainda nesta sexta, a Polícia Civil divulgou uma imagem de uma agência bancária de Santa Bárbara d'Oeste (SP), por volta das 14h do dia 14 de setembro, na qual Roberto Jefferson da Silva estava ao lado de Rebeca, a segunda suspeita presa em Santa Bárbara d'Oeste, interior paulista, a 22 km de Hortolândia, onde a vítima residia.
Rebeca é uma mulher trans que foi identificada pela polícia também pelo nome de registro, Samuel Messias Pereira Batista, 24. Ela é investigada porque uma conta em seu nome foi usada para a transferência de valores, segundo nota da Secretaria de Segurança Pública.
A primeira prisão, de Rogério de Almeida Spínola, 48, foi feita no último sábado (17). Os quatro suspeitos de terem participado do homicídio tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça.
Os quatro suspeitos do crime são de Santa Bárbara, conforme os policiais. A investigação localizou os suspeitos com a ajuda de imagens que registraram o momento em que Jonas Dias foi abordado pela primeira vez. Também havia câmeras na agência bancária onde um dos criminosos tentou realizar saques com cartão da vítima.
Jonas Dias foi encontrado com sinais de espancamento na última quarta (14), um dia após ter desaparecido. Ele foi achado na alça da rodovia dos Bandeirantes (SP-348), na altura do Jardim São Pedro, em Hortolândia, a 115 km da capital paulista. Levado a um hospital, ele não resistiu e morreu.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como extorsão seguida de morte.
"Ela [a vítima] foi socorrida no hospital da região, onde não resistiu aos ferimentos e faleceu. Seu irmão, de 65 anos, prestou esclarecimentos e relatou que o homem estava desaparecido havia um dia. A vítima teve aproximadamente R$ 20 mil retirados de sua conta bancária por meio de transferências bancárias e via Pix. O seu cartão de débito também foi levado pelos suspeitos", disse a SSP-SP.
Uma das responsáveis pela investigação, a delegada Juliana Ricci, da Deic de Piracicaba, disse que a vítima estava perto de sua casa quando foi rendida, por volta das 6h do dia 13. Dois automóveis foram utilizados no crime, uma S10 prata e um Fiesta preto.
Um dos suspeitos havia deixado o sistema prisional em setembro de 2021, e Spínola, preso no sábado, já cumpriu pena por crimes como furto, homicídio, estelionato e lesão corporal. A Folha não conseguiu localizar a defesa dos detidos.
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