SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um comitê de campanha do deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP), coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT) ao Governo de São Paulo, foi alvo de um ataque nesta terça-feira (27), por volta do meio-dia.
Segundo o parlamentar, que é candidato à reeleição, um homem que se identificou como apoiador de Jair Bolsonaro (PL) invadiu o espaço, disse que acabaria com o PT, destruiu materiais de campanha e agrediu a única apoiadora que estava no comitê localizado em Novo Osasco, bairro situado no município de Osasco.
A apoiadora relatou ter sido empurrada algumas vezes, o que a levou a se machucar ao bater o peito. Ela se dirigiu à delegacia para fazer um boletim de ocorrência. O agressor fugiu do local.
"Infelizmente a onda de ódio chegou a Osasco e hoje atingiu a nossa campanha. Um bolsonarista invadiu o nosso comitê do Novo Osasco, agrediu uma apoiadora e destruiu materiais. Vamos tomar todas as medidas para que esse sujeito pague pelos crimes que cometeu. O fim está próximo, bolsonaristas. O amor vai vencer. Vocês não nos intimidam", afirma Emídio.
Ameaças, ataques e tensão relacionados à disputa eleitoral têm se acumulado no Brasil desde a pré-campanha.
Em julho, um policial penal federal bolsonarista invadiu uma festa de aniversário e matou a tiros o guarda municipal e militante petista Marcelo Aloizio de Arruda, em Foz do Iguaçu (PR).
Depois, o país viu um ataque a um juiz federal e a um ato com o ex-presidente Lula (PT). Dias antes, militantes de esquerda impediram uma palestra de políticos de direita.
No início de setembro, um homem que defendia o ex-presidente Lula foi morto por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma discussão em Confresa (a 1.160 km de Cuiabá).
Na última sexta-feira uma jovem foi agredida com paulada na cabeça após crítica a Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ). O agressor, cujo nome não foi divulgado, foi autuado por lesão corporal e liberado.
No sábado (24), o caseiro Antônio Carlos Silva de Lima, 39, eleitor de Lula, recebeu uma facada na barriga e morreu durante atendimento médico em Cascavel, a 65 km de Fortaleza (CE). Segundo testemunhas, ele foi morto depois de uma discussão política em um bar.
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