SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A PF (Polícia Federal) apura o desvio de armas e munições de grosso calibre de clubes de tiro no Mato Grosso do Sul.

As investigações apontam que esse armamento foi usado para organizações criminosas "dedicadas à prática de crimes violentos, como roubos a comércios, bancos e até tomada de cidades", segundo nota do órgão.

Em 4 de outubro um homem com registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) foi preso no estado, na mesma operação em que foram apreendidas 3 pistolas 9mm, 4 fuzis, munições e coletes balísticos com identificações falsas da Policia Civil.

Segundo a PF, essa prisão levou os investigadores a realizarem nova operação na última sexta-feira (14), com ações de busca e apreensão em Campo Grande e Maracaju.

"Trata-se de um aprofundamento das investigações relacionadas à prisão em flagrante realizada no último dia 4", afirma nota da polícia sobre a chamada Operação Oplá.

O objetivo da PF é reprimir o trânsito e comércio ilegal de armas de fogo (pistolas e fuzis) e munições de grosso calibre que teriam sido desviadas de atiradores e clubes de tiro.

Especialistas em segurança pública têm dito que o controle de armas no Brasil é ineficiente. Essas fragilidades ficaram ainda mais maiores e mais evidentes após a série de ações do presidente Jair Bolsonaro (PL) que ampliou o acesso a armas por civis, segundo as mesmas especialistas.

A Folha ainda mostrou que atiradores têm aproveitado as brechas para andarem armados mesmo quando não estão a caminho do local de prática.


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