SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Empresas de ônibus rodoviários que operam nas linhas regulares em São Paulo resolveram entrar na Justiça para contestar o decreto do governador Rodrigo Garcia que liberou o passe livre nas linhas intermunicipais para a eleição deste domingo (30).
O Setpesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo) pede liminar contra a medida. A entidade diz que faltou limitar a gratuidade apenas ao passageiro que apresente o título eleitoral com destino ao local de votação.
"Ao instituir gratuidade irrestrita no transporte intermunicipal no domingo, o decreto não contribui para o processo eleitoral, mas acaba por incentivar a abstenção, na medida em que facilita os deslocamentos para fins de lazer", diz o Setpesp.
Segundo Gentil Zanovello, presidente do sindicato, desde a divulgação do decreto, empresas que atuam no litoral registraram crescimento de demanda acima do normal.
A entidade afirma também que o tempo para a execução da medida, publicada nesta sexta (28) ficou curto para que as empresas permissionárias alterem a frequência e os horários das linhas. "A questão operacional nos preocupa muito", diz Gentil.
As linhas intermunicipais suburbanas e rodoviárias terão gratuidade da 0h até as 23h59, em todo o estado, segundo a Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo).
A liberação do pagamento é válida para os ônibus tipo convencional. Para tanto, é necessário que o passageiro apresente apenas um documento de identidade no guichê da empresa e solicite a emissão do bilhete para o local de votação.
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