FOLHAPRESS - Com óculos em forma de estrela e vestido de vermelhos, a produtora de cinema Paula Garcia bateu boca mais de uma vez com um eleitor que estava imediatamente atrás dela em uma apertada fila de votação na Escola Estadual Professor Fidelino, em Santa Cecília, no centro de São Paulo.

"Não vão me intimidar", disse ela, enquanto ouvia reclamações por estar com dois adesivos do ex-presidente Lula colados na roupa.

O eleitor que estava atrás perguntava se a propaganda não configurava boca de urna. Ao ser questionado pela Folha se sua preferência eleitoral era outra, o homem esbravejou dizendo que a sua roupa de cores neutras configurava que seu voto era secreto. Outros eleitores que estavam na mesma fila pediram para a reportagem sair.

Em uma fila do lado oposto no primeiro andar da escola, o estudante Rogério Pacheco, 22, ameaçou gritar "É Bolsonaro" quando viu a discussão, mas baixou a voz. "Vai sair treta." Do lado de fora, em um clima bem mais tranquilo, a atriz Taiuri Muller, 33, não escondia o lenço vermelho de Filipa, sua cachorrinha de 11 meses, que levava em uma bolsa. "Meu batom também é vermelho por causa da eleição", afirmou ela, que disse não ter sido provocada nenhuma vez, nem nos 20 minutos de fila que enfrentou para votar. "Estava ansiosa desde ontem à noite", disse.


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