BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - A mãe de um menino de sete anos diz que o filho foi agredido por um homem após dizer que era "Lula lá", na manhã do último domingo (30), dia do segundo turno da eleição presidencial, na cidade mineira de Divinópolis (a 120 km de Belo Horizonte).
O caso só ganhou repercussão durante a semana, após postagens feita por Reisla Naiara Gomes, mãe do garoto, nas redes sociais. Testemunhas afirmam que o agressor é um policial militar da reserva de 55 anos.
Ela conta que o filho tinha ido à padaria que fica em frente à casa do pai dele, por volta das 9h. Chegando lá, a criança encontrou uma família que conversava sobre quem ganharia as eleições, Lula (PT) ou Jair Bolsonaro (PL).
"A família estava lá na padaria, o agressor, a mãe e o pai dele, discutindo sobre a eleição. Ele passou a mão na cabeça do meu menino e disse que ele tinha cara de ser [apoiador de] Bolsonaro. Meu filho conta que falou: ?Não, eu sou Lula lá?. Não sei o que se passou na cabeça dele, mas ele se irritou e enforcou o meu menino", diz a mãe, que não estava presente, mas ouviu os relatos do filho, do pai da criança e de testemunhas.
Reisla conta que o menino chegou a ficar sem ar e quase desmaiou e tem marcas da agressão no pescoço.
Ainda segundo a mãe, o menino só foi solto quando o pai chegou ao local e pediu que o agressor o soltasse, pois estava machucando a criança. O suspeito, então, teria dito que era só uma brincadeira, e o pai levou a criança para casa.
Reisla conta que soube do ocorrido apenas à noite, quando foi buscar o filho na casa do pai, e ligou para a polícia.
A Polícia Militar confirmou, por meio de nota, que foi acionada na noite de domingo. Segundo a PM, policiais se deslocaram para a residência do suposto agressor, mas ele não foi encontrado ?o nome dele não foi revelado. Os policiais prestaram assistência à família e a levaram a criança para receber atendimento médico na UPA.
A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil, que informou, também em nota, que instaurou um inquérito para apurar a ocorrência de lesão corporal. O caso segue em investigação.
Reisla diz querer justiça. Segundo ela, o filho está traumatizado.
"Meu menino está com trauma, ele não dorme direito, acorda chorando de madrugada, falando que está sem ar. Tem hora que ele acorda gritando: ?Me solta, me solta?. E o agressor está aí, sem punição."
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