BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O influenciador digital mineiro Elizeu Silva Cordeiro, conhecido como Big Jhow, foi preso nesta quarta-feira (16), em operação conjunta da Polícia Civil do Distrito Federal e de Minas Gerais. Ele é investigado por suspeita de lavagem de dinheiro e promoção de sorteio ilegal de veículo de luxo.
A prisão foi realizada na cidade de Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte. O mandado de prisão preventiva havia sido expedido pela polícia do Distrito Federal no último domingo (13).
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do influenciador digital.
"A prisão foi requerida como garantia da ordem pública porque o influenciador continuou com o sorteio ilegal do veículo Lamborghini mesmo após o sequestro judicial do carro, agora com a promessa de entrega de valor correspondente ao do veículo", afirmou a Polícia Civil do Distrito Federal.
A ação fez parte da Operação Huracán 2, da Polícia Civil do Distrito Federal. De acordo com as investigações, influenciadores utilizavam um site para vender rifas de veículos. Os valores arrecadados eram destinados a contas de três empresas de fachada, duas em Taguatinga (DF) e outra em Contagem (MG).
De acordo com a polícia do DF, entre outubro de 2021 e maio de 2022 o grupo do qual o influenciador mineiro é suspeito de fazer teria lavado R$ 12 milhões de reais através de rifas ilegais.
Na quinta passada (10), o influenciador, que tem mais de 1,3 milhão de seguidores no Instagram, chegou a ser detido por desobediência, ao se negar a entregar dois veículos que estavam sob mandado de apreensão pela polícia. Também foram cumpridos mandados de busca no Distrito Federal.
Na ocasião, foram apreendidos dois carros da marca Lamborghini, avaliados em R$ 5 milhões, uma lancha e um Jet Ski, avaliados em R$ 700 mil. Também foram bloqueados cerca de R$ 12 milhões de contas de pessoas físicas e jurídicas, alvos da investigação.
Segundo o juiz que determinou a prisão preventiva, o investigado desrespeitou a determinação judicial ao permanecer com a promoção do sorteio ilegal, mesmo após a apreensão do veículo. "Não se trata de simples rifa de bem de valor desprezível, mas de operação milionária", afirmou o juiz.
Em postagem em suas redes sociais no último sábado (12), após a apreensão do veículo, o influenciador afirmou que manteria a realização do sorteio. Ele disse que como o veículo estava apreendido e suas contas bloqueadas, ele entraria em um acordo com a pessoa que vencesse o sorteio.
"Vou entrar em acordo com a pessoa para poder pagar algum valor, de alguma forma, nem que seja parcelado, do jeito que eu conseguir cumprir o combinado. Me desculpem pelo transtorno, não tenho culpa, mas vou estar sempre procurando a melhor solução para que tudo se resolva da melhor forma", afirmou ele.
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