BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O grupo setorial da Justiça e Segurança Pública na transição de governo identificou uma liberação de recursos considerada atípica para a PRF (Polícia Rodoviária Federal) na reta final das eleições de 2022.
De acordo com os dados levantados por técnicos, foram gastos em novembro, sobretudo no início do mês, R$ 6 milhões em operações da corporação, contra R$ 3,9 milhões em outubro inteiro.
A suspeita é que esse gasto se refira a verba que foi usada para a polícia fazer bloqueios de ônibus que transportavam eleitores.
Para integrantes da transição, o dinheiro foi usado para ressarcir despesas com operações no segundo turno das eleições, em que a PRF descumpriu ordem do TSE e fez operações de fiscalização contra ônibus carregando eleitores, especialmente no Nordeste.
A coligação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cogitou pedir para prorrogar o horário de votação, mas acabou desistindo.
Procurada, a PRF nega a ligação com as eleições. Segundo a assessoria da corporação, o dinheiro tem sido usado para debelar as manifestações de eleitores insatisfeitos com o resultado das urnas, que se iniciaram já na noite da votação do segundo turno.
Em 30 de outubro, milhares foram às ruas e alguns ainda bloqueiam rodovias federais, o que exige uma grande mobilização de recursos, justifica.
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