RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Familiares do estudante Eduardo Bandeira de Mello, 16, pedem justiça após o adolescente cair de um BRT e morrer dias depois. O ônibus articulado estava lotado e em movimento, na zona oeste do Rio de Janeiro. O acidente aconteceu na quinta-feira (24), dia em que o estudante foi internado, e ele morreu nesta terça (29).

Eduardo seguia para a casa da namorada quando caiu do BRT e bateu a cabeça no chão. O adolescente sofreu traumatismo craniano e teve algumas costelas quebradas.

Ele estava internado no Hospital Pedro Segundo em coma induzido, com quadro de saúde muito grave. Através das redes sociais, parentes e amigos se uniram em uma campanha pedindo por doação de sangue.

Nesta quarta (30), pela manhã, o irmão Gabriel Bandeira de Mello esteve no Instituto Médico Legal de Campo Grande, na zona oeste, para fazer a liberação do corpo de Eduardo. Ele conta que dias antes do acidente, o adolescente chegou a comentar sobre a lotação dos ônibus do BRT.

"Ele fazia esse trajeto há mais ou menos um ano. Toda semana ele ia pra casa da namorada. Na terça-feira, ele comentou no jantar para minha irmã: 'Nossa, todo mundo vai pendurado, vai gente em cima do BRT. Tem gente que vai na porta, pendurado e vai muito rápido'. E aí na quinta acontece isso com ele", disse Gabriel, em conversa com a reportagem.

Segundo a Mobi-Rio, responsável pelo sistema do BRT, "o passageiro sofreu a queda após forçar a porta do articulado para abri-la no corredor Transoeste, segundo testemunhas relataram ao motorista". A família contesta a nota emitida e cobra fiscalização.

Mesmo depois da morte dele, a gente vê BRT circulando com portas abertas. O BRT anda em alta velocidade e ninguém fiscaliza, ninguém multa. Se cada ônibus que andar com porta aberta de fato recebesse multa isso não acontecia, mas eles querem gastar menos e lucrar mais. Gabriel, irmão de Eduardo

Nas redes sociais, muitos amigos e familiares lamentaram a morte precoce de Eduardo. "Ele era muito querido. Se as pessoas conhecessem ele, iam ver como irá fazer falta. Está sendo complicado. Lá em casa a gente não sabe o que fazer. Nós queremos justiça", finaliza Gabriel.


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