SÃO PAULO, SP (UOL - FOLHAPRESS) - O ministro Rogerio Schietti Cruz, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou, nesta quarta-feira (21), pedido contra a prisão preventiva de Paulo Rodolpho Lima Nascimento, um dos policiais rodoviários federais acusados de matar Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, em Umbaúba (Sergipe), em maio deste ano.
"Em razão da gravidade do crime e das indicadas circunstâncias do fato, as medidas cautelares alternativas à prisão não se mostram adequadas e suficientes para evitar a prática de novas infrações penais", afirmou o magistrado.
Em outra frente, o MPF (Ministério Público Federal) requer que Paulo Rodolpho, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas sejam condenados pelos crimes de tortura, abuso de autoridade e homicídio qualificado.
O laudo do IML (Instituto Médico Legal) de Sergipe apontou que Genivaldo teve insuficiência respiratória aguda provocada por asfixia mecânica, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
Vídeo feito por moradores mostra o homem ainda vivo sendo trancado no porta-malas de um viatura onde os policiais detonaram bombas de gás.
Em protesto, manifestantes bloquearam a BR-101 na manhã desta quinta-feira (26). Pneus foram incendiados, fechando as duas pistas da rodovia. Filas de carros e caminhões se formaram nos dois lados e o trânsito só foi liberado por volta das 15h após intervenção da polícia.
Segundo a família, a vítima tinha esquizofrenia e tomava remédios controlados havia cerca de 20 anos.
Com os rostos cobertos por capacetes durante toda a ação, os policiais aparecem nos vídeos tentando fechar o porta-malas da viatura sobre as pernas da vítima, que estavam fora do veículo. Para tentar impedir a resistência de Santos, os policiais, então, atiraram as bombas no interior do carro.
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