RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Marquês de Sapucaí terá uma série de medidas para evitar que os camarotes atrapalhem os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro no Carnaval de 2023, após diversas críticas no espetáculo do ano passado.
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa), que organiza o evento, vai fechar os portões que ligam diretamente os espaços privados, que costumam reunir famosos e políticos, à avenida por onde passam os carnavalescos.
Quem tiver a credencial necessária para isso e quiser entrar, terá que dar a volta e acessar as entradas normais da pista. As informações foram dadas por Gabriel David, diretor de marketing da Liesa, em entrevista ao site G1.
A Liesa promete ainda um controle maior dessas credenciais, para que fique na pista apenas quem esteja desfilando ou trabalhando, caso de funcionários, repórteres e fotógrafos, por exemplo. Outros órgãos públicos, porém, também podem permitir o acesso.
Em 2022, se espalharam críticas sobre a quantidade de pessoas que não eram ligadas ao evento paradas na avenida entre um desfile e outro, atrapalhando a passagem da limpeza para a próxima escola e podendo causar acidentes.
Outra medida anunciada pela Liga é uma multa para camarotes que deixem vazar o som. A punição, agora prevista em contrato, será calculada em cima do valor do aluguel do espaço. Esse foi mais um ponto que no ano passado gerou rebuliço.
Alguns jurados chegaram a comentar sobre o excesso de som nas observações das justificativas das notas. Localizados ao lado da avenida, os camarotes costumam oferecer grandes shows e DJs enquanto as escolas desfilam.
A Folha de S.Paulo mostrou nesta quinta (5) que neste Carnaval a Liesa está diante de um problema inesperado: o desinteresse de grandes empresas em patrocinar os desfiles da Sapucaí. Faltam R$ 35 milhões para que se chegue ao orçamento planejado para a festa, que acontece daqui a 43 dias.
A luz amarela acendeu quando a Light, patrocinadora master do último Carnaval, decidiu não renovar o contrato de R$ 10 milhões. O mesmo aconteceu com a Itaipava, outro anunciante de peso, que resolveu ficar de fora do evento.
A Liga diz que está completamente estruturada, "mas como todas as empresas de grandes e megaeventos, atravessa um momento difícil após a pandemia". "Estamos procurando patrocinadores e correndo atrás de recursos", diz a nota.
O Carnaval carioca começa nos dias 17 e 18 de fevereiro, com os desfiles das escolas do Grupo de Acesso. Já as escolas do Grupo Especial se apresentam nos dias 19 e 20.
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