RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil do Rio de Janeiro tenta localizar o alemão Tommy Klak, 28, que está desaparecido desde a tarde da última quarta-feira (4). Bombeiros fazem buscas pelo seu corpo no mar de Copacabana, já que uma imagem mostra um homem branco tirando a roupa e entrando sozinho na água; ele não emerge.

Horas depois, seu namorado, o americano Leonard Pacheco, 36, foi detido por policiais militares no Leblon, com o uso de uma arma não letal (eletrochoque), e internado no Hospital Miguel Couto. Em nota, a corporação afirmou que ele estava agressivo e tentava invadir um prédio residencial pela segunda madrugada consecutiva.

O americano, aparentemente sob efeito de drogas, conversou com agentes da Deat (Delegacia Especial de Atendimento ao Turista), nesta sexta-feira (6); ele é esperado para depor com um advogado quando estiver em melhores condições.

Os dois chegaram ao Rio no dia 28 de dezembro para passar o Réveillon na cidade e se hospedaram em um hotel em Ipanema, na zona sul. Por volta das 18h de terça-feira (3), eles pegaram a mangueira de incêndio do hotel e jogaram água dentro do elevador. O hall do equipamento foi interditado, e a polícia, acionada. A dupla acabou expulsa do estabelecimento.

Os dois se hospedaram, então, em um apartamento alugado no Leblon. Pouco tempo após serem expulsos, na madrugada de quarta-feira (4), eles tentaram invadir um prédio no mesmo bairro, de acordo com policiais militares. A Polícia Civil confirmou por meio de imagens de câmeras de segurança a tentativa.

Por volta das 17h do mesmo dia, os dois se separaram nas proximidades de um hotel em Copacabana; o americano afirmou à polícia que pegou um táxi sozinho e disse não lembrar para onde teria ido. No mesmo ponto onde ele entrou no veículo, a polícia encontrou imagens de um homem entrando no mar e que não retorna. Por isso, a polícia diz acreditar ser Klak.

Já na madrugada de quinta-feira (5), o americano aparece em novas imagens tentando entrar em outro prédio, no Leblon. A PM é acionada novamente, ele é contido com a arma não letal e levado para o hospital.

A direção do hospital disse que o estrangeiro chegou agitado à unidade e os médicos suspeitaram de intoxicação ocasionada por substâncias químicas.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) declarou que ele foi avaliado pelas especialidades de cirurgia geral, cirurgia bucomaxilofacial, neurocirurgia e clínica geral e recebeu alta no mesmo dia, sendo conduzido para a delegacia para depoimento.

Na delegacia, ele afirmou ter ingerido Special-K, uma droga sintética com uma substância utilizada em cavalos.

Enquanto estava internado, dois amigos do alemão foram até a unidade especial de atendimento aos turistas e registraram o desaparecimento de Klak, além de informarem que o americano estava no hospital após uma abordagem policial.

Aos amigos nos Estados Unidos, chegou a informação de que o alemão teria desaparecido no momento da abordagem policial ao lado de Pacheco, o que foi descartado pela polícia. Uma amiga de Klak, moradora de Nova York, enviou uma mensagem para a reportagem pelo WhatsApp em que afirma que militares o agrediram e que, desde então, ele está desaparecido. Ela pediu para não ter o nome divulgado.

Testemunhas, no entanto, afirmam que Pacheco estava sozinho ao ser abordado. Uma possível truculência dos policiais na abordagem, no entanto, está sendo investigada pela Polícia Civil.

As malas do americano e seu cachorro foram encontrados na rua. O animal foi recolhido por um amigo.

Em nota, a PM disse que abriu procedimento apurar o caso.


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