SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda retomar as atividades do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) com a equipe que teve o mandato interrompido após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desativar o órgão como uma das primeiras medidas de sua gestão. Os conselheiros perderam a função cerca de seis meses antes do prazo previsto.
A proposta foi apresentada em encontro na quinta-feira (19) que reuniu a presidente do Consea na época, Elisabetta Recine, e outros três ex-dirigentes, Renato Maluf, Francisco Menezes e Maria Emília Pacheco.
Convidados e representantes do governo aprovaram a ideia durante a conversa em Brasília. O órgão, reativado por Lula em 2003 como parte do programa Fome Zero, deverá voltar a funcionar até março e ficará alocado na Secretaria-Geral da Presidência da República.
Com a restituição do mandato dos conselheiros do biênio 2017-2019, o governo demarcará uma diferença com Bolsonaro no tratamento do conselho que assessora a Presidência em políticas contra a insegurança alimentar, um dos problemas que Lula pretende atacar.
O grupo do Consea será incumbido de organizar a próxima conferência nacional do setor, outro mecanismo de participação social que o petista quer resgatar depois da diminuição drástica do envolvimento da sociedade civil nas decisões de governo. A volta do conselho foi uma das primeiras ações de Lula após a posse, no dia 1º, por meio de medida provisória.
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