No dia 17 de outubro do ano passado, Tarcísio de Freitas estava em visita ao Primeiro Polo Universitário de Paraisópolis quando teve início um tiroteio, que provocou a morte de Felipe Silva de Lima.
A investigação correu sob sigilo. A polícia não informou à reportagem da Agência Brasil os resultados que foram obtidos com o inquérito policial, se foi possível identificar de onde partiu o tiro que atingiu Felipe Silva de Lima e se alguém foi indiciado por essa morte.
As investigações iniciais, no entanto, indicavam que o tiroteio ocorreu após criminosos terem desconfiado de que havia policiais sem farda dentro da comunidade. Lima e outra pessoa, que estavam em uma motocicleta, teriam notado a presença de policiais à paisana monitorando a região. A polícia teria suspeitado que Lima e o amigo estavam armados, e o tiroteio começou.
“A principal linha [de investigação] seria de uma eventual intimidação pela presença dos policiais militares que foram descobertos dentro da comunidade”, disse, na ocasião, a diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa, Elisabete Sato.
Inicialmente, a polícia levantou a possibilidade de que o tiro que acertou Lima tivesse sido disparado por um dos policiais à paisana. “Nós temos um policial do P2 [policial à paisana], que se apresentou aqui e disse ter efetuado o disparo na direção da vítima. Muito provavelmente seja ele o autor do disparo [que matou a vítima], mas não dá para afirmar porque o disparo que atingiu a vítima foi de entrada e saída, e não temos projétil para fazer o confronto do projétil com a arma que foi apreendida”, disse Elisabete Sato, em entrevista realizada em outubro do ano passado.
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