SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O secretário da Educação do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), Renato Feder, diz que até a semana que vem abrirá diálogo com a Apeoesp (sindicato dos professores), que o cobrou por não ter recebido a entidade desde que tomou posse.
Liderada pela deputada estadual Professora Bebel (PT), a associação quer discutir demandas trabalhistas e já fala em convocar greve se não houver acordo.
Bebel afirma que fez pelo menos cinco pedidos de audiência com Feder. O sindicato só foi recebido até hoje pelo secretário-executivo da pasta, Vinicius Neiva.
Nesta semana, a Apeoesp divulgou documento em que relata "uma conjuntura adversa", com "um governo bolsonarista" que tem à frente da Educação "um secretário de viés privatista e que até o momento não se dispôs a conversar com nossa entidade".
"Vou recebê-los, sim. Provavelmente na semana que vem", diz Feder ao Painel. Ele, que nega a pecha de privatista, afirma estar disposto a conversar sobre a redistribuição das aulas para os professores, mas defende a busca de uma proposta intermediária e promete atender a "pedidos justos".
"Sou um secretário técnico. Acredito na educação pública de qualidade e de resultados, com boa formação de professores e condições adequadas", segue ele, falando em esforço para dar reajuste salarial para os professores, "como também quer o governador Tarcísio".
O sindicato também tem exigências como o abono de faltas para professores que participem de atividades da categoria e a liberação para ida a consultas médicas. Quer ainda que o governo paulista se comprometa com o piso nacional da categoria, incorporando o reajuste ao salário.
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