SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde vai lançar, no próximo mês, o documentário "Saúde no Limite da Dor", sobre a atuação do SUS (Sistema Único de Saúde) no atendimento a vítimas do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS). A tragédia completa dez anos nesta sexta-feira (27).

Dividida em três episódios, a obra é dirigida pela comunicadora travesti Taya Carneiro, que gerencia a área de projetos estratégicos em Comunicação do Departamento de Emergências em Saúde Pública da pasta.

Por meio de depoimentos de agentes que socorreram as vítimas, a série abordará a mobilização do SUS nas primeiras horas após o incêndio e a importância da presença de autoridades no local, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha.

O documentário ainda mostrará o acolhimento aos familiares das vítimas, o processo do reconhecimento dos corpos e o transporte do antídoto ao cianeto, gás tóxico que causou muitas das mortes na boate.

O trailer do documentário será lançado na próxima quinta-feira (2). A diretora Taya Carneiro celebra a proximidade da data com o Dia da Visibilidade Trans, já que a equipe do filme era formada, majoritariamente, por pessoas da comunidade LGBTQIA+.

"Sinto que é uma vitória podermos ocupar esse espaço e mostrar que as mulheres travestis e transexuais têm muito a contribuir para o desenvolvimento do país", afirma.

A série, que começou a ser gravada em dezembro do ano passado, ficará disponível nas mídias sociais do Ministério da Saúde. O trabalho também servirá como material didático do Curso de Emergências Biológicas Complexas do Programa de Formação em Emergências em Saúde Pública (Profesp).


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