SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um grupo de advogadas queimou sutiãs no portão de entrada da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), na zona norte de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (27). O ato ocorreu em desagravo a violações durante ingresso das profissionais em unidades prisionais.
Conforme a advogada criminalista Karina Carmo, responsáveis por unidades prisionais com scanner quebrado têm obrigado as advogadas a tirarem a peça de roupa para ingressar no sistema. Um dos casos ocorreu no dia 20 deste mês, no Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior de São Paulo.
"Queimamos sutiãs em prol de que sejamos respeitadas no exercício da nossa profissão. Algumas advogadas estão sendo coagidas a tirar o sutiã para poder atender um detento, atender a um cliente dentro do sistema carcerário", disse Karina.
Outra queixa das advogadas é de, na ausência de funcionárias do sexo feminino, homens estão operando scanner corporais, o que causa constrangimento, já que é possível notar se a profissional possui silicone, piercing, ou está usando absorvente, explicou Karina.
"Nós protocolamos formalmente um requerimento a fim de que o secretário apure essas ilegalidades que estão ocorrendo por ordem dos diretores prisionais", acrescentou a advogada.
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária disse que foi protocolada uma solicitação da OAB em relação às visitas de advogadas em unidades prisionais. A solicitação está sendo analisada para que sejam tomadas as medidas mais adequadas para evitar constrangimentos.
Conforme a pasta, a comissão foi recebida pessoalmente pelo secretário coronel Marcello Streifinger, na quinta-feira (26).
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