SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um falso médico, de 32 anos, foi preso nesta terça-feira (31/01) em São José dos Campos, no interior de São Paulo, por suspeita de matar duas pessoas, sendo uma em Guarulhos (SP) e outra em Pernambuco.
O homem é investigado pela morte do paraibano Adonias Ferreira da Costa, de 29 anos, achado morto dentro de uma geladeira lacrada e chumbada com cimento junto à parede, em um imóvel que abrigaria uma clínica clandestina em Itapetim, no sertão de Pernambuco, no início de novembro. Adonias, segundo o Jornal do Commercio, estava desaparecido desde 13 de outubro e foi achado amarrado em avançado estado de decomposição.
A prisão ocorreu em uma farmácia, na Avenida Andrômeda, no Jardim Satélite, enquanto o homem retirava um medicamento de uso restrito. Durante a abordagem dos agentes, ele estava com identidade e receita médica falsas.
Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), a corporação fez buscas no apartamento do indiciado e achou diversos medicamentos controlados, que ele é acusado de comercializar ilegalmente, além de jalecos e equipamentos médicos.
O caso foi registrado como uso de documento falso, exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica e falsificar, corromper, adulterar ou alterar produtos terapêuticos/medicinais no DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São José dos Campos.
O falso médico foi levado à delegacia e está à disposição da justiça. A Secretaria não repassou detalhes do outro assassinato em que o homem é suspeito e teria ocorrido em Guarulhos.
MORTE EM PERNAMBUCO
De acordo com o Jornal do Commercio, Adonias morava em São Paulo, mas estava na Paraíba visitando a família. Em 13 de outubro, o rapaz foi visitar uma irmã que morava na cidade de Teixeira (PB) e quando saiu do local disse que voltaria a casa da mãe em Maturéia (PB), mas desapareceu.
Ao site Teixeira em Foco, a irmã do homem comentou que o carro dele foi encontrado no município de Itapetim (PE), a cerca de 36,2 km de distância, em menos de uma semana após o sumiço, segundo o Diário de Pernambuco.
"Ele não era de sair, de ser irresponsável, dizia até se fosse ao mercado, era uma benção, todo mundo gostava dele, ele não tinha vícios, não fumava, não bebia, não tinha maldade, ele só tinha tudo de bom para oferecer às pessoas", disse a mãe, Maria de Lourdes.
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