RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Último megabloco a desfilar no carnaval do Rio de Janeiro, o Monobloco iniciou sua apresentação com uma homenagem ao Cacique de Ramos, um dos mais tradicionais blocos do Rio, que completa 62 anos.

Criado há 23 anos por músicos da banda Pedro Luís e a Parede, o Monobloco atrai uma multidão para o centro do Rio, com uma apresentação recheada de hits da música popular brasileira, como "Gostava tanto de você", de Tim Maia, e o hit do Carnaval, "Zona de Perigo" de Léo Santana.

"A gente vem de dois anos de pandemia. É hora de extravasar" disse o ator e jornalista Naná Nascimento, 57, em uma fantasia colorida que recicla adereços usados em seus desfiles no sambódromo da Marquês de Sapucaí.

Com o amigo Gilson Silva, 61, ele desfilou em cinco escolas em 2023. Para o Monobloco, escolheram como base a fantasia da Unidos da Ponte, que homenageou Mãe Meninazinha de Oxum.

Mas incluíram acessórios de outros carnavais e até recolhidos no chão após desfiles de outras escolas.

"Sempre que vejo algo que pode virar fantasia, pego", conta Silva. "Como tem uma temática africana, chamamos a fantasia deste ano de Wakanda Forever. É o Carnaval para sempre", diz Nascimento.

Os amigos Fábio Pedro, 45, e Eduardo Wilson, 44, já desfilam no bloco há 14 anos. Marcos Fernandes, 36, se juntou ao grupo há sete. Os três estavam vestidos de padres, fantasia que costumam repetir durante todo o Carnaval.

"A gente queria uma fantasia que facilitasse a comunicação com outras as pessoas que estão no bloco", justifica Fábio.


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