RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do menino Hallan Luis Silva Ramos, 7, que não resistiu à queda da janela do apartamento onde morava, no Andaraí, zona norte da cidade. De acordo com testemunhas, ele tentou ir de uma janela para outra, se desequilibrou e caiu de uma altura de cerca de 20 metros.
O caso ocorreu por volta de meio-dia deste domingo (26). Segundo depoimento de um policial militar, primeiro a chegar ao local, a criança estava sozinha em casa com o irmão, de 9 anos. A mãe, de acordo com vizinhos, teria ido a um passeio de barco. Não há informações sobre o pai da criança.
A investigação está sob responsabilidade da 20ª DP (Vila Isabel), que instaurou um procedimento para apurar a suspeita de abandono de incapaz seguido de morte. De acordo com investigadores, a mãe, identificada como Jéssica, só conseguiu ser contatada na noite de domingo e até a manhã desta segunda (27) não havia prestado depoimento.
Em suas redes sociais, ela negou que tenha deixado os filhos sozinhos. "O meu único erro foi ter confiado em quem não deveria. Respeitem a minha dor, só eu sei o quanto eu amava e fazia de tudo pelos meus filhos!!!".
Uma amiga de Jéssica respondeu: "quem te conhece sabe e você não precisa provar nada pra ninguém. Te amo, e tô contigo pro que precisar, sempre".
Segundo registro de ocorrência, bombeiros chegaram após 15 minutos ao local, mas a criança já estava morta.
A reportagem teve acesso a depoimentos prestados na delegacia por vizinhos. Em um deles, a síndica afirma que a mãe da criança morava há 12 anos no local, com os três filhos, de idades entre três e nove anos. Também seriam moradores do mesmo apartamento o irmão de Jéssica e a avó das crianças.
Segundo a síndica, seria comum a mãe deixar as crianças sozinhas no apartamento, diz trecho do documento.
O policial militar que conseguiu entrar no apartamento declarou ainda local estava "em condições insalubres e em deterioração".
Investigadores suspeitam que o menino tenha tentado ir para o quarto da avó, que tem ventilador -no horário, a sensação térmica no Rio de Janeiro era de 56°C.
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Polícia
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