SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - No primeiro dia de pleno funcionamento após mais de duas semanas de interdição por deslizamento, erosão e solapamento causados por fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo no último mês, a rodovia Mogi-Bertioga (SP-098) ainda tem funcionários realizando reparos em ambos os sentidos da via.

Sob pressão para a retomada do tráfego no local, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) antecipou as obras de reconstrução da estrada e sua liberação. A previsão inicial era de dois meses para a desobstrução parcial.

Já a conclusão das obras é prometida para até seis meses. Devem ser feitas melhorias das galerias pluviais existentes, implantação de novo sistema de drenagem, construção de muro de arrimo e reforço do muro já existente. Os reparos devem custar R$ 9,4 milhões.

Na maior parte dos trechos, foi realizada, até esta manhã, somente a repavimentação da via. Em vários pontos, é possível ver o asfalto recém-colocado.

A secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, disse que a liberação antecipada foi possível "graças ao empenho das equipes do DER [Departamento de Estradas de Rodagem]". A pasta não divulgou mais detalhes sobre a mudança na previsão.

A Mogi-Bertioga é a única rodovia no estado de São Paulo que manteve bloqueio total após volumosas chuvas que deixaram 65 mortos entre as cidades litorâneas de Ubatuba e São Sebastião. A erosão das pistas foi provocada pelo rompimento de uma tubulação, que faz parte do sistema de drenagem ainda incompleto.


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