PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Uma suposta tentativa de assalto com faca terminou no sequestro de uma família e em uma negociação que se estendeu por 17 horas em Belém, no Pará. Às 12h desta quinta-feira (9), o homem de 27 anos libertou os reféns -uma mãe de 26 anos acompanhada dos filhos de 12, 7 e 3 anos.

Tratada inicialmente como uma tentativa frustrada de assalto, familiares do suspeito afirmaram que o rapaz tem transtornos psiquiátricos e estava em surto psicótico.

A Secretaria de Segurança disse que ele tinha antecedentes de 2015 e 2016 por roubo e que trata o caso como um crime de sequestro.

O episódio teve início na noite de quarta-feira (8), por volta das 19h, quando a família saía de um shopping e caminhava ao encontro de um motorista de aplicativo na avenida Montenegro. Quando mãe e filhos entraram no carro, um Prisma, o homem abordou a família com uma faca e invadiu o veículo.

O motorista dirigiu por alguns metros, mas, ao avistar uma viatura, conseguiu sair do carro para pedir socorro. A Polícia Militar interceptou o veículo e começou as negociações.

Ao longo da noite, os policiais fizeram algumas concessões ao sequestrador, como chamar seus familiares para acompanhar a negociação. A avó dele chegou a ir até o local, porém passou mal e precisou ser amparada pelo Corpo de Bombeiros.

O sequestrador permitiu que a mulher feita refém ligasse para o marido e para a mãe, para que eles conversassem com as crianças. Ao longo da noite, sequestrador e reféns dividiram uma pizza que a família havia comprado para o jantar.

Na madrugada, foram libertados os primeiros reféns -as duas crianças mais velhas. Às 9h30, foi libertada a criança mais nova, de três anos. Ao meio-dia, enfim o suspeito libertou a mulher, mas, antes de ser preso, tentou se ferir no pescoço com a faca.

Ele foi contido, socorrido e encaminhado ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência. Conforme a secretaria de segurança de Belém, ele não corre risco de morte.

Conforme entrevistas de familiares do sequestrador ao jornal O Liberal, de Belém, o rapaz passava por problemas pessoais que agravaram seus transtornos mentais. Ele havia passado meses incomunicável até reencontrar a família no último dia 6. Desde então, o pai disse que vinha tentando interná-lo, sem sucesso.


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