Uma força-tarefa de segurança pública do Amapá e a Polícia Federal deflagraram, nesta sexta-feira-feira (10), a Operação Caixinha. Na ação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva, sendo uma busca e uma prisão realizada em um interno do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e os demais, em bairros de Macapá.

Nas investigações, foram identificados quatro líderes – um deles comandava os “gestores” e agia dentro do Iapen, sendo responsável pelo sistema de pagamento de mensalidade para a facção, denominada “caixinha”.

"Sob ordem de liderança dentro do Iapen, os investigados que atuavam na rua, dentre os quais, uma mulher identificada com poder decisório, eram responsáveis por catalogar e receber os valores a título de taxa de manutenção dos membros ligados à facção criminosa" , informou a PF.

Mensalidade

Segundo a PF, o esquema consistia em pagamento mensal que variava de R$ 50 a R$ 100, dependendo das atribuições e funções estabelecidas dentro do grupo. O pagamento era um requisito indispensável para integrar a faccão.

Em troca da caixinha, garantia-se aos associados uma espécie de autorização para traficar drogas nas áreas de domínio da facção, além da proteção da organização criminosa nos mais diversos assuntos relacionados à criminalidade.

Os valores eram pagos em espécie a membros da organização responsáveis pela arrecadação e também feitos por transferências bancárias na modalidade Pix.

Penas

Os investigados, que já respondem pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e munição, furto qualificado e outros delitos similares, poderão responder pelo crime de organização criminosa. Em caso de condenação, poderão pegar pena de até 8 oito anos de reclusão, além de mais pagamento de multa.

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