SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A chuva que atingiu São Paulo na tarde desta sexta-feira (10) deixou a cidade em estado de atenção por várias horas, provocando 52 pontos de alagamento, de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo.

A tempestade provocou também a queda de 83 árvores, 31 enchentes -em áreas de Guarulhos e da zona sul- e sete desabamentos. Por volta das 16h, uma casa desabou na rua Chico Mendes, em Guarulhos. Segundo o Corpo de Bombeiros, duas senhoras com deficiência de mobilidade, devido à idade avançada, foram resgatadas ilesas, sem necessidade de serem socorridas.

Mais cedo os bombeiros informaram um outro desabamento na Cidade Ademar, porém a informação foi retificada uma vez que a ocorrência era de um buraco na avenida João de Luca.

No auge da chuva, havia 10 pontos de alagamento transitáveis e 22 pontos intransitáveis, distribuídos pela Freguesia do Ó, Santana, Sé, Butantã, Pinheiros, Itaquera, Mooca, Parelheiros e Santo Amaro. Com a diminuição da intensidade nas regiões, o número de pontos alagados foram diminuindo, segundo o CGE.

Por volta das 18h50, o CGE informava que não havia mais pontos de alagamentos na cidade.

Houve transbordamento do córrego Mandaqui, na avenida Engenheiro Caetano Alvares com a rua Zilda (Casa Verde), e o extravasamento do córrego Zavuvus, na avenida das Nações Unidas com a rua Jaime de Oliveira Souza (Santo Amaro).

Os córregos Pirajuçara (Campo Limpo) e Morro do S, no Capão Redondo também estiveram perto de transbordar, e todas as regiões, assim como a marginal Tietê e a marginal Pinheiros, permaneceram em estado de atenção para alagamentos.

O CGE orienta, nesse cenário, que ninguém transite em ruas alagadas ou tente cruzar correntezas e que a população fique longe da rede elétrica e evite ficar embaixo da copa das árvores.

Na quarta (8), uma mulher de 88 anos morreu dentro do carro que ela dirigia na rua Gaivota, após ser surpreendida por um alagamento gerado após um temporal. A tempestade causou 13 pontos de desabamento e 29 de alagamento, incluindo 17 intransitáveis.

Na quinta (9), a Folha de S.Paulo mostrou que a cidade de São Paulo não possui um plano de gerenciamento de riscos para lidar com possíveis tragédias geradas pela crise climática.

A criação de um documento para orientar o poder público e ajudar na prevenção em casos de tempestades, deslizamentos e enchentes é uma exigência do Plano Diretor, sancionado em 2014. Apesar disso, o plano nunca foi colocado de pé.


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