SÃO PAULO, SP - BRASÍLIA, DF (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) disse nesta segunda (20) que haverá um esforço para que todos os médicos inscritos neste ano no Mais Médicos sejam brasileiros, mas que, "se for preciso", serão convocados estrangeiros.

O relançamento oficial do programa foi feito nesta manhã no Palácio do Planalto.Como anunciado previamente, o foco será em profissionais brasileiros, mas não haverá restrições. "O que importa para nós não é saber a nacionalidade do médico, é saber a nacionalidade do paciente", afirmou Lula.O governo também oferecerá incentivo para revalidação de brasileiros formados no exterior.

Está previsto que o Estado financie pelo menos 50% da prova de quem precisar.O presidente disse compreender que é mais trabalhoso encontrar médicos que se disponham a ir a cidades de difícil acesso, mas lembrou que somente a população local sabe a falta que um profissional de saúde faz.

Lula disse ainda que, apesar de muitas pessoas terem sido contra a criação do Mais Médicos, "inegavelmente foi um sucesso excepcional".

"Queremos que todos os médicos que se inscrevam sejam brasileiros, formados adequadamente. Se não tiver condições, a gente vai querer médicos brasileiros formados no estrangeiro, ou médicos estrangeiros que trabalham aqui. Se não tiver, vamos fazer chamamento para que médicos estrangeiros ocupem esta tarefa", disse o presidente.

O presidente também citou que os profissionais de Cuba, que tiveram muita participação na primeira versão do programa, foram mal vistos no país e não aceitos por muitas pessoas no Brasil. Lula considerou que os referidos médicos merecem desculpas.

O programa mudou de nome, passando a se chamar "Mais Médicos para o Brasil".Serão 15 mil vagas só em 2023: 5.000 saem em edital em maio, 5.000 no primeiro semestre e outras 5.000 no segundo, segundo o Ministério da Saúde.

As 10 mil vagas seguintes serão oferecidas formato que prevê contrapartida dos municípios. "Essa forma de contratação garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e condições de permanência nessas localidades", informa o ministério. O investimento total do governo será de R$ 712 milhões neste ano. Também serão incluídos profissionais especializados, dentistas e enfermeiros.

**CRÍTICA DA OPOSIÇÃO**

Criado no governo de Dilma Rousseff (PT), o Mais Médicos foi alvo de críticas por parte de adversários e perdeu força na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).Bolsonaro e aliados se queixavam do fato de o programa trazer profissionais de Cuba para cuidar da saúde no Brasil.Em diferentes ocasiões, o ex-presidente questionou a competência dos profissionais estrangeiros e acusou o Mais Médicos de ser usado para financiar o governo cubano.


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