SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha do metrô estão paradas no início da manhã desta quinta-feira (23) por causa de uma greve de 24 horas dos metroviários em São Paulo. Segundo o Metrô, a linha 15-prata do monotrilho também parou. Os trens das linhas 4-amarela e 5-lilás circulam normalmente.

O Metrô informou o acionamento de seu plano de contingência para diminuir os transtornos para os passageiros, possibilitando o funcionamento de trechos importantes do sistema. Até o momento não há detalhes sobre o funcionamento desse plano.

Há aglomeração de passageiros ao lado de fora de estações afetadas pelo movimento grevista. Muitas pessoas estão sem informações sobre alternativas de transporte.

Marco Aurélio Barbosa, 57, mora em Cangaíba, na zona leste, e encontrou as portas de embarque fechadas na estação Tatuapé por volta das 4h40.

Ele diz que usa o metrô há tanto tempo que não sabe como vai fazer para chegar à fábrica em que trabalha, em Santo Amaro, na zona sul paulistana.

"Entro às 6h. Costumo usar a linha vermelha e descer no Anhangabaú para pegar o ônibus no terminal Bandeira. Estava sabendo da greve, mas vim tirar uma foto para mostrar ao chefe que não sei quando vou chegar."

Quem chega à estação é orientado por um segurança que está perto das catracas, atrás das grades, a usar trem ou ônibus, de acordo com o destino.

"Mas trem para mim é loucura, não sei nem como chegar", diz Barbosa.

Também há quem saiba da greve ao chegar na estação. Geyse Oliveira, 26, mora na Vila Formosa e só soube da paralisação ao tentar embarcar.

Ela trabalha em um hospital no Morumbi e usa a linha 3-vermelha até a República, onde faz a baldeação para a linha 4-amarela, que opera normalmente.

"Durmo cedo para acordar às 4h, não sabia que havia paralisação", diz ela, que pegaria o trem até a Luz.

As cinco linhas da CPTM funcionam normalmente durante a greve dos metroviários. As transferências para as linhas 1-azul, 2-verde e 3, vermelha do metrô estão fechadas em todas as estações com conexão à CPTM. As transferências para as linhas 4-amarela e 8-diamante funcionam normalmente nas estações Luz e Barra Funda.

Na madrugada desta quinta, após nova assembleia, os sindicalistas propuseram ao governo um dia de catraca livre para a população em substituição à paralisação.

A proposta foi enviada por ofício à direção do Metrô, segundo o Sindicato dos Metroviários. "Se o governo e o Metrô não quiserem prejudicar a população, é preciso liberar as catracas que a categoria assumirá seus postos", diz comunicado divulgado nas redes sociais. Ainda não há resposta oficial para a alternativa.

A decisão de entrar em greve por 24 horas foi tomada após reunião do sindicato com a direção da Companhia do Metropolitano de São Paulo, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

Segundo os sindicalistas, os representantes do Metrô informaram que não tinham autorização do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para pagar o abono pedido pela categoria.

Além do abono, a categoria ainda negocia a revogação de demissões por aposentadoria e outros desligamentos realizados em 2019, além de pedir novas contratações.

Em nota, o Metrô afirmou que que não há justificativa para que o sindicato declare greve "reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa, sendo que tal atitude só prejudica a população que depende do transporte público".

A Prefeitura de São Paulo informou que o rodízio municipal de veículos estará suspenso durante toda a quinta-feira em razão da greve.


Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!